Católicos de Alto do Rodrigues e todo Brasil se unem hoje no trabalho de fé e caridade


“A fé sem obras não dá fruto” foi extraído do Livro de Tiago 2, 14–18. E foi o tema escolhido para ser desenvolvido por mais de duas mil pessoas a partir das 6h desta quinta, 7, na confecção dos 37 tapetes(cerca de 100 metros) ao dia de Corpus Christi hoje, dispostos desde o pátio da Paróquia Nossa Senhora do Rosário até a antiga cerâmica Penalto. Cada tapete terá 2,2 m de comprimento por 2,2 m de largura, enquanto as passarelas, padronizadas com diversas cores.
  Forão usados vários sacos de sal grosso, entre outros materiais como, pó de serraria,tinta, jornal velho, areia etc.
Segundo Léo, um dos voluntários, Este é um trabalho voluntário, gratuito e baseado no amor ao Cristo Ressuscitado que nos deu o dom da vida. Estes voluntários integram vários movimentos católicos, fazem parte de paróquias, entidades particulares da cidade, entre outros. É um momento de muita fé, união e esperança, onde todos se doam pelo Criador, na alegria e satisfação do trabalho pelo Cristo.
Não existe liderança nem competição, e não é um campeonato onde o tapete mais bonito pode ganhar um prêmio ou troféu. É simplesmente uma forma de demonstrar a fé na Eucaristia e exaltar a caridade que todos devemos praticar, cumprindo o que nos pede Jesus Cristo na sua palavra, viva e ressuscitada, presente no nosso dia a dia. 

DADOS HISTÓRICOS

A Igreja Católica celebra Corpus Christi como uma festa de contemplação,  onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo.  A Solenidade do Corpo de Deus remonta ao século XIII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV, que prescreveu esta solenidade para toda a Igreja Universal. A origem da festa deu-se por um fato extraordinário ocorrido no ano de 1247, na Diocese de Liége, Bélgica. Santa Juliana de Cornillon, quando uma monja agostiniana teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese.
O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón. Quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito papa—Urbano IV—e ele próprio estenderia a solenidade para toda a Igreja. O fator que deflagrou a decisão do papa, e que confirmaria a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande milagre ocorrido no 2º ano de seu pontificado: o milagre eucarístico de Bolsena, na Itália, onde um sacerdote tcheco, padre Pietro de Praga, colocando dúvidas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia depois da consagração do pão e do vinho, viu brotar sangue na história consagrada (semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no século VII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvieto a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada localidade.
A festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV, com a Bula Transiturus, de 11 de agosto de 1264, celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.


Voluntários desde as 6h da manhã na confecção dos tapetes.

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