Milhões de eleitores brasileiros vão às urnas neste domingo (5) para escolher seus representantes para Presidência da República, Senado (senador), governo estadual (governador), Câmara dos Deputados (deputado federal) e Assembleia Legislativa (deputado estadual). Para conquistar voto, os candidatos apresentam propostas, denunciam adversários e prometem mudanças. Para votar consciente, é preciso conhecer um pouco mais de cada candidato. No Rio Grande do Norte, 5 postulantes disputam uma cadeira no executivo estadual. Veja o perfil de cada.
Araken Farias (PSL)
O candidato do PSL ao governo do estado, Araken Farias, faz política por vocação. A política é uma herança do tio-bisavô Ubaldo Bezerra de Melo, que foi governador do Estado entre 1946 e 1947, por indicação do então presidente Getúlio Vargas.
Nascido na Paraíba em 1963, Araken Farias é potiguar radicado desde 1985, quando veio para o Rio Grande do Norte para trabalhar na administração das lojas do pai que tinha o mesmo nome. Araken começou na carreira política em 2004 quando assumiu a Coordenadoria do Programa Nosso Bairro Cidadão, administrado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Comunitário de Natal.
Em 2008, concorreu pela primeira vez a um cargo político, quando se candidatou vereador de Natal pelo PSDC. Em 2009, ingressou nos quadros do PSL, partido em que é presidente estadual desde então. Na administração pública, foi coordenador do Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio Grande do Norte, o Procon RN, entre os anos de 2011 e 2013, chegando a ocupar cargo na Associação Nacional dos Procons e a participar da elaboração do Marco Civil da Internet.
Advogado por formação e paixão, ele já atuou em vários setores ligados à defesa dos direitos do cidadão. Como postulante à cadeira de governador do estado nas Eleições 2014, Araken defende uma reforma administrativa, como primeiro projeto de plano de governo. “A reforma vai tratar das receitas e despesas do Rio Grande do Norte”, diz Araken.
A expectativa é de diminuição, de pelo menos 10% nas despesas do estado. Araken garante pagamento dos servidores e fornecedores em dia e ainda uma análise da quantidade de secretarias e possíveis redução no número de cargos comissionados. Araken Farias resume sua candidatura em coragem e determinação. Para ele, as oligarquias precisam sair do poder.
Henrique Alves (PMDB)
O candidato ao governo pelo PMDB, Henrique Eduardo Lyra Alves, diz que ver a política como missão e compromisso. Parlamentar destaca que a responsabilidade pesou na hora de decidir ser candidato. Parlamentar destaca ainda que ao passar do tempo, o conceito de vaidade perde o valor e a verdade fica como marca que quer deixar para história, criando uma força maior.
Henrique Alves é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira política por influência da cassação do pai, Aluísio Alves, através do Ato Institucional Nº 5, mais conhecido como AI-5.
Em 1969 Henrique se filia ao extinto MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e um ano depois acaba eleito Deputado Federal, onde permanece no cargo até hoje, no décimo primeiro mandato. Filiado ao PMDB desde 1982, antes de entrar para o atual partido, passou dois anos filiado PP, de 1980 a 1982.
Henrique Alves ainda disputou uma vaga na Prefeitura de Natal por duas vezes, em 1988 e em 1992, não obtendo a vitória em nenhuma delas. É o segundo Deputado Federal com mais mandatos, perdendo apenas para Manoel Novaes com doze, e empatado com Ulysses Guimarães, que também tem 11 mandatos.
Foi eleito Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte em 1970 e reeleito em 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010. E foi eleito presidente da Câmara dos Deputados do biênio 2012-2013. Por suas habilidades de negociador e articulador, ele é reconhecido como um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Robério Paulino (PSOL)
Em busca de ocupar uma cadeira no legislativo, o PSOL lançou a candidatura de Robério Paulino Rodrigues, mais conhecido como professor Robério, ao governo do RN. O pleito do socialista se destaca pela conquista de apoio da juventude e da parcela mais consciente e escolarizada dos trabalhadores. “Temos mais de mil estudantes universitários que vão fazer campanha para nós de forma voluntária”, destaca Robério.
De acordo com o professor, sua campanha é motivada pelo sonho de ver um Rio Grande do Norte mais envolvido economicamente e socialmente mais evoluído. “Vou tirar o RN do atraso e da ignorância e lutar por uma profunda transformação social e econômica do estado”.
Carioca, da cidade de Nilópolis – RJ, mas de família potiguar, Robério tem 57 anos e nasceu em 29 de maio. Ele é professor doutor na UFRN, no Departamento de Políticas Públicas. Ex-aluno do IFRN, antiga ETFRN. É economista, formado pela Faculdade de Economia da USP, São Paulo, onde também concluiu seu doutorado em História Econômica. Desenvolve pesquisas sobre as estratégias de aceleração do desenvolvimento econômico e social dos países e coordena projetos de educação ambiental e arborização no estado.
Durante a juventude, quando trabalhava na área de pesquisa espacial, em São José dos Campos, SP, Robério Paulino se envolveu ativamente na luta contra a ditadura militar, foi perseguido, demitido e preso algumas vezes, pelo que hoje move um processo de anistia. Participou ativamente da Campanha das Diretas Já e da mobilização pela Constituinte de 1988. Chegou a ser dirigente sindical.
Por muitos anos foi professor em São Paulo, em colégios e universidades. Ainda em São Paulo, foi um dos 101 fundadores do PSOL, juntamente com Heloísa Helena e Luciana Genro, em 2004. Voltando ao Rio Grande do Norte, por ser de família potiguar, além de sua atividade acadêmica na UFRN, tem participado ativamente dos movimentos sociais e ambientais, como as jornadas de junho de 2013. Em 2012, foi candidato a prefeito de Natal por uma Frente de Esquerda entre PSOL e PSTU, tendo obtido quase 4% dos votos, mesmo sendo pouco conhecido na cidade.
Robinson Faria (PSD)
O candidato ao governo do estado pelo PSD, Robinson Faria, afirma que não encara a vida pública como profissão, mas como uma missão, e assim quer ter a oportunidade de governar o estado onde nasceu e se criou.
Robinson Mesquita de Faria nasceu em 1959 em Natal e por iniciativa própria, abraçou a política e foi eleito em 1986 o deputado estadual mais jovem do Rio Grande do Norte, com votação expressiva no Agreste – terra onde estão as raízes da sua família. Em 2006 foi eleito pela segunda vez o Deputado Estadual mais votado do RN e o 2º mais votado do Brasil. Como parlamentar, Robinson é autor de projetos como o Cidadão sem Fome, a Delegacia de amparo ao Idoso e a Ronda do Quarteirão.
Destacando-se como parlamentar, Robinson foi eleito duas vezes presidente da Assembleia Legislativa. Criou a Assembleia Itinerante, a Assembleia Cidadã, a Assembleia Cultural, o Instituto do Legislativo Potiguar (ILP) e a TV Assembleia (primeira do Norte-Nordeste), entre outros projetos. Em 2010, Robinson foi eleito vice-governador. Em 2011, com oito meses de governo e decepcionado com a administração, rompeu e se tornou oposição.
Candidato afirma que quer ser governador de um governo que tenha essência na solidariedade e que a grande obra seja a eficiência da máquina pública. “Quero ser governador de um governo onde iremos compartilhar novos projetos, através de um diálogo permanente com a sociedade civil. Posso dizer que essas diretrizes constituem-se num instrumento indispensável para dar maior nitidez à disputa política eleitoral, caracterizando o perfil inovador da Coligação Liderados pelo Povo na solução dos problemas do Rio Grande do Norte”, fala Robinson Faria.
Parlamentar reconhece que essa será uma grande luta, mas ressalta que gosta de desafios. “Resisti e vou adiante, contando apenas com o povo, meu grande aliado”.
Simone Dutra (PSTU)
A postulante ao governo do estado pelo PSTU, Simone Dutra, afirma que é candidata para que os trabalhadores e a juventude tenham uma opção socialista em outubro. Simone Dutra é enfermeira formada pela atual Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com mestrado em Saúde do Trabalhador, pela UFRN, e especialização em Saúde Coletiva. Ela acredita que a verdadeira mudança parte das ruas e das lutas. “Só assim será possível garantir direitos exigidos por milhões de pessoas desde junho de 2013: Saúde, Segurança, transporte e educação”, destaca a governadorável.
Simone mora em Natal há 15 anos, é presidente do PSTU Natal, faz parte da Secretaria Nacional de Saúde do Partido e é enfermeira no Hospital Santa Catarina, na Zona Norte, e no município de São Gonçalo do Amarante.
A candidata é coordenadora-geral do Sindsaúde (Sindicato dos Servidores em Saúde do RN), estando licenciada para disputar as eleições, e tem ativa participação nas lutas em defesa da saúde, dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores, como a luta contra o fechamento das pediatrias no Rio Grande do Norte.
Em 2013, assinou o pedido de impeachment da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), junto com outros representantes dos trabalhadores e movimentos sociais e participou ativamente da campanha pelo “Fora Rosalba” e das greves dos servidores da saúde, que permaneceram acampados em frente à casa da governadora, contra o caos na saúde do estado. Também participou das manifestações de junho, por educação, transporte, moradia e contra o aumento das passagens e os gastos com a Copa.
Pela legenda, Simone Dutra foi candidata ao Senado e, em 2010, disputou o governo do Estado.Escolhida mais uma vez pelo PSTU para encabeçar a chapa ao governo estadual, Simone Dutra acredita que para mudar de verdade o Rio Grande do Norte e o país precisam de um governo dos trabalhadores “que tenham coragem de inverter as prioridades e garantir os recursos para Saúde e Educação, aumentar salários e empregos, combater a violência crescente, em especial a machista, que atinge cada vez mais mulheres, criar um plano de obras públicas e combater a pobreza e a seca. Para isso será preciso romper com as grandes empresas e os bancos”.
Nominuto.com
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