Dentro
do Partido dos Trabalhadores não existe um plano B alternativo à
candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em
Curitiba desde o dia 7 de abril, à Presidência da República no pleito de
2018, disse nesta segunda-feira, 30, o ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad.
“Vocês
jornalistas estão trabalhando com um cenário e nós com outro. Estamos
trabalhando com o Código Eleitoral e o Código no seu artigo 16 A dá
total condições do Lula enfrentar a campanha, mesmo que haja por parte
dos nossos adversários um pedido de impugnação”, disse Haddad.
De acordo
com o ex-prefeito, com base na legislação eleitoral que dá amparo ao
registro da candidatura de Lula, o PT levará seu nome até o fim.
Indagado se aceitaria ser o candidato do partido, caso Lula seja
impedido de concorrer, Haddad disse que “essa discussão não foi e não
será aberta dentro do PT”.
Questionado
pela reportagem sobre o fato de o PT, um dos maiores partidos do País,
não trabalhar com mais de um cenário numa situação como essa – já que
para alguns especialistas em direito eleitoral, Lula deverá ser impedido
de concorrer ao Palácio do Planalto neste pleito, com base na Lei da
Ficha Limpa -, Haddad retrucou: “Esta é a resposta mais sincera que
posso te dar; nós nunca discutimos internamente um cenário sem o Lula. E
é ele quem está conduzindo o processo e eu como seu parceiro e advogado
vou lutar pelo seu registro.”
Haddad se
reuniu nesta segunda-feira com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e
com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
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