O governo prevê concluir no final do ano
o pente-fino no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com 1 milhão
de benefícios irregulares cortados, informou o ministro do
Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame.
O pente-fino nos auxílios-doença e nas
aposentadorias por invalidez começou em 2016. Quando a revisão foi
anunciada, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que o
objetivo era “colocar uma tampa sobre os ralos que estão abertos”, de
forma a eliminar pagamentos a pessoas que não têm direito a receber
benefício.
Se a projeção do governo se confirmar, o
pente-fino será concluído com uma queda de cerca de 20% nos benefícios.
Isso porque, quando o programa de revisão começou, 5,2 milhões de
auxílios-doença e aposentadorias por invalidez eram pagos.
“Nós imaginamos que, ao final do
processo, nós teremos identificado cerca de 1 milhão de beneficiários
que vinham recebendo benefícios irregularmente da Previdência”, afirmou
Beltrame.
Ao final do processo, acrescentou o ministro, a estimativa é que a economia para o fundo de Previdência chegue a R$ 20 bilhões.
Quem é convocado?
No caso do auxílio-doença, foi convocado quem não passa pela revisão médica há mais de dois anos.
Na aposentadoria por invalidez, devem
realizar a perícia os beneficiários com menos de 60 anos de idade, que
estão há dois anos ou mais sem realizar o exame.
Ficaram de fora as pessoas com mais de
60 anos, além de segurados com 55 anos de idade, que recebem o benefício
há pelo menos 15 anos.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento
Social, entre agosto de 2016 e 30 de junho deste ano, foram realizadas
791,4 mil perícias, com 450,2 mil benefícios cancelados. No caso do
auxílio-doença, de cada 10 perícias realizadas, oito levaram ao corte do
benefício. (Com informações G1, Brasília).
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