Após o
Partido Republicano Progressista (PRP) recusar a indicação do general da
reserva Augusto Heleno para ser vice de Jair Bolsonaro (PSL), o militar
afirmou, nesta quarta-feira, que deve se desfiliar do PRP e continuará
ajudando na campanha do pré-candidato à Presidência da República.
Apesar da
assessoria do partido ter dito que o general Heleno seria candidato ao
Senado pelo Distrito Federal, ele negou que será candidato para qualquer
outro cargo.
"Não tem
por que ficar filiado, eu não vou ser candidato nem a deputado, nem a
senador, nada disso. Então eu acho que é melhor eu voltar à minha
situação de apartidário. Não adianta eu ter um compromisso com um
partido pelo qual eu não tenho nenhuma ligação afetiva.
É muito
melhor eu ser apartidário como eu fui a vida inteira do que estar
carimbado a um partido que não representa nada para mim" disse o general
ao GLOBO.
O general
alegou que tinha um compromisso de ajudar na campanha do pré-candidato
Bolsonaro e que continuará colaborando com o candidato:
— Não é um
interesse, eu tenho um compromisso de ajudar na campanha (do Bolsonaro).
Nós temos reunida uma equipe de gente competente para estudar, traçar
algumas ideias e coordenar toda essa movimentação, não só em torno de
programa de governo mas depois, se der certo, em termos de como governar
— afirmou.
Nesta
quarta-feira, o PRP, partido ao qual é filiado o general, recusou
indicar o nome do militar para ser vice de Jair Bolsonaro em candidatura
à Presidência da República. Ontem, Bolsonaro indicou que anunciaria
Augusto Heleno como vice, mas não houve acordo.
Ao GLOBO, o
general Augusto Heleno disse que ouviu e entendeu as justificativas do
presidente do PRP sobre o motivo de vetarem a indicação de seu nome para
ser vice de Bolsonaro e disse ainda que não se sentiu "afetado" pela
decisão da sigla.
— O fato do
partido aprovar a minha candidatura implicaria uma aliança nacional. O
que o presidente do partido me colocou, e achei que ele tinha toda a
razão, é que ele já tem todos os seus contatos feitos nos diretórios
regionais. Muitas vezes esses contatos não estão alinhados com os
interesses do PSL, então poderia haver um choque de interesses. Como não
é minha ambição, não é minha pretensão, nunca pleiteei isso, não me
afetou em nada — concluiu.
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