O bispo Edir Macedo, dono da Record e
líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), declarou voto no
sábado, 29, em Jair Bolsonaro, deputado federal e candidato a presidente
da República pelo PSL. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o PRB,
partido ligado à Universal, já manifestou internamente predileção por
Bolsonaro num eventual segundo turno entre ele e o candidato do PT,
ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad. O partido coligou-se ao
tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno, mas prepara-se para entrar na
campanha de Bolsonaro. A informação foi publicada no sábado, pelo jornal
O Globo.
O religioso da maior igreja
neopentecostal do País e a mais influente eleitoralmente usou seu perfil
oficial certificado no Facebook para responder ao questionamento de um
fiel da IURD, que desejava saber quem ele apoiaria na eleição para
presidente da República.
O corretor de imóveis Antonio Mattos,
simpatizante de Bolsonaro, comentou em um vídeo de Macedo, cujo conteúdo
não tinha a ver com eleição: “Queremos saber bispo (sic) do seu
posicionamento sobre a eleição pra presidente”. O bispo Macedo respondeu
de forma direta: “Bolsonaro”.
Em eleições anteriores, a Igreja
Universal apoiou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), hoje candidata ao
Senado em Minas Gerais. O PRB, partido ligado à igreja criado durante o
governo Lula, participou das duas últimas gestões petistas, mas
desembarcou do governo e apoiou o impeachment. A sigla comanda o
Ministério da Indústria no governo Michel Temer.
A Universal decidira ficar “neutra” na
disputa presidencial, sem fazer declarações oficiais, nem indicar
posição. Uma fonte com trânsito na cúpula da denominação disse que a
posição poderia ser revista ao longo da semana, e outros líderes
religiosos evangélicos esperavam um posicionamento do Bispo Edir Macedo.
Oficialmente, a Universal disse à reportagem, na quinta-feira à noite,
que “incentiva a todos os cristãos, de todas as denominações, a
escolherem candidatos comprometidos com os valores da família e da fé”.
Um dos elos entre a campanha de
Bolsonaro e líderes da Universal são os integrantes da comunidade
judaica que colaboram com a campanha do PSL e mantêm vínculos com
religiosos graduados da igreja. A Universal adotou a simbologia judaica,
e o ex-capitão do Exército também passou a se posicionar de acordo com
bandeiras defendidas por Israel. Em 2016, viajou ao País com os filhos, e
foi batizado no Rio Jordão pelo pastor Everaldo Pereira, da Assembleia
de Deus Ministério Madureira. (Com informações Estadão Conteúdo).
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