“Se assim desejar, irei com minha esposa, que é também minha empresária, até Brasília para conversar com o senhor sobre o assunto”, diz a artista na carta.
Pela manhã, o presidente divulgou vídeo de uma marchinha segundo a qual “nosso Carnaval não está proibido, mas com dinheiro do povo não será mais permitido”.
“Dois ‘famosos’ acusam o Governo Jair Bolsonaro de querer acabar com o Carnaval. A verdade é outra: esse tipo de ‘artista’ não mais se locupletará da Lei Rouanet”, postou o presidente.
Era uma resposta à música “Proibido o Carnaval”, lançada por Daniela e Caetano Veloso. “Tô no meio da rua, tô louca. Tô no meio da rua sem roupa […] Abra a porta desse armário que não tem censura para me segurar”, dizem alguns versos da canção, dedicada a Jean Wyllys.
Após o tweet de Bolsonaro, Mercury divulgou a carta, informando que nos últimos 20 anos usou 1 milhão de reais de verba pública — “pouco”, segundo ela — em trios elétricos gratuitos para o público, e que teriam rendido retorno econômico a Salvador com o turismo.
“Em 35 anos de carreira, fiz muitas apresentações de graça no Brasil, bancadas do meu bolso. Essa fake news sobre a lei rouanet criada na eleição não pode continuar sendo usada para desmerecer o trabalho sofrido e suado dos artistas brasileiros”, diz a artista na carta.
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