Diversos
manifestantes foram às ruas neste domingo (17) para protestar contra a
decisão do Supremo Tribunal Federal que imputou à Justiça Eleitoral o
julgamento de processos da Operação Lava Jato envolvendo crimes comuns e
caixa dois.
Na
capital paulista, dezenas de pessoas se reuniram em frente ao vão livre
do MASP por volta das 13h30, mas o número de manifestantes era pequeno
ao que se previa. No mesmo horário, a chuva atingiu a região, o que pode
ter dispersado muitos dos manifestantes que haviam confirmado presença
em eventos nas redes sociais.
Os
organizadores da manifestação admitiram que não era esperado um número
excessivo de participantes.Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal
decidiu pela competência da Justiça Eleitoral para julgar processos da
Operação Lava Jato envolvendo crimes comuns e caixa dois. A decisão
trouxe consigo as críticas de políticos e da sociedade aos ministros da
Corte. Nome importante a se manifestar contrário à decisão foi o próprio
presidente Jair Bolsonaro.
Os atos
foram convocados em diversas cidades do País. O MBL (Movimento Brasil
Livre) é o que mais infla o pedido para que a população vá às ruas. O
movimento convocou manifestações em 19 Estados e no Distrito Federal.
São eles: Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,
Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
Os
movimentos Vem Pra Rua, Nas Ruas, Direita Cascavel, Endireita Fortaleza,
Direita Zona Norte Rio de Janeiro e Vem pra Rua Floripa endossam a
convocação.
Domingo de manifestações
Por volta
do meio-dia deste domingo (17), já havia relatos de manifestações no
Rio de Janeiro, Distrito Federal, Recife, Belo Horizonte e Campinas
(SP).
Em
Brasília,Manifestantes se reuniram esta manhã em frente em Supremo
Tribunal Federal (STF), para protestar contra a decisão da Corte, a
manifestação começou por volta das 10h da manhã com cerca de 50 pessoas,
que entoavam o Hino Nacional. A estimativa da Polícia Militar do
Distrito Federal (PMDF) é que, apesar da chuva, cerca de 100 pessoas,
até as 11h, participavam do ato.
A
representante do movimento Vem pra Rua em Brasília, Celina Gonçalves,
considera a decisão do STF inadequada. Ela disse temer que a tramitação
desse tipo de crime na Justiça Eleitoral fique travada e que os atos
prescrevam.
O auditor
Júlio Bessa, 54 anos, citou, durante o ato, palavras proferidas pelo
ministro Luis Roberto Barroso na última sexta-feira (15) condenando a
migração dos crimes para a Justiça Eleitoral.
“Estamos
aqui hoje para corroborar esse entendimento do Barroso. O plenário está
rachado”, disse, ao fazer referência ao resultado do julgamento,
realizado na sexta-feira (15), quando seis ministros julgaram a favor do
envio dos processos para a Justiça Eleitoral e cinco contra.
A
manifestação foi organizada por grupos de pessoas, por meio de rede
social na internet, e previam atos em várias cidades, entre elas, São
Paulo e Rio de Janeiro.
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