Ex-presidente atirou em si mesmo para evitar prisão. FOTO: REUTERS/Guadalupe Pardo/17.04.2019
O congressista Mauricio Mulder declarou à imprensa que esta tragédia é “a concretização de um mecanismo de perseguição e busca de popularidade doentia por parte de algumas pessoas que se alimentam de poder e que querem ficar na história como carcereiros”.
Por sua vez, o ex-chanceler Luis Gonzales Posada, também militante do PAP, acusou o Ministério Público de querer prender arbitrariamente políticos sem um devido processo.
“É o resultado de um pérfido, malévolo e de uma abusiva violação de um Ministério Público que pode deter quem quiser”, criticou o ex-chanceler.
A ex-ministra do Interior Mercedes Cabanillas também acusou o órgão de abusar de sua autonomia para perseguir personagens como García e “encobrir” outros, como a ex-prefeita de Lima Susana Villarán, também investigada pelo caso Odebrecht no Peru.
“Lamento a atuação da Promotoria. Alan García sempre mostrou disposição a ser investigado”, declarou.
Cabanillas considerou injusta a ordem de detenção decretada contra García por considerar que não há provas.
“Podemos ser investigados, mas desde que nossos direitos sejam respeitados. Por que fazer isso? Me desperta um pouco de suspeita”, questionou o ex-congressista.
Além de García, a Justiça decretou a prisão de Luis Nava, secretário da Presidência durante o governo do líder do PAP, e Miguel Atala, também colaborador do ex-presidente. Ambos são apontados pela investigação como testas de ferro de García.
A Justiça também pediu a prisão do ex-ministro de Transportes, Comunicações, Habitação e Construção Enrique Cornejo, que se entregou às autoridades horas depois.
A situação legal de García se complicou no domingo, quando trechos de uma delação premiada da Odebrecht revelaram que o ex-secretário da Presidência e seu filho, José Antonio Nava, receberam US$ 4 milhões da empresa para a concessão do contrato de construção da linha 1 do metrô de Lima.
R7, com EFE
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