Bolsonaro sobre preço do arroz: “Não vou interferir no mercado”

 

Foto: reprodução/YouTube

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não irá interferir no mercado ao falar sobre o aumento do preço do arroz durante a sua live semanal, realizada na noite de hoje, nas redes sociais.

“Por que aumentou o preço do arroz? Tem mais ou menos 10 anos que [os produtores] têm prejuízo no arroz. Como faz? Posso tabelar? Não pode. Mexe no mercado e fica pior. Não vou interferir no mercado, tem que valer a lei da oferta e procura”, disse Bolsonaro.

“O [ministro da Justiça e Segurança Pública] André Mendonça conversou comigo, como já tinha falado com [o ministro da Economia] Paulo Guedes, [a ministra da Agricultura] Teresa Cristina… [queria saber] por que o arroz subiu e o que poderíamos fazer para buscar solução. Ninguém quer tabelar nada, interferir em nada. Isso não existe. Interferindo, o preço fica mais caro no mercado negro. Falei com André Mendonça: ‘posso botar secretaria nacional da defesa do consumidor para investigar por que subiu?’ Pode. E ponto final”, prosseguiu.

O Ministério da Economia pediu em ofício que a atuação da pasta da Justiça, ao buscar uma aplicação do Código de Defesa do Consumidor, não resulte em controle de preços ou incompatibilidade com os princípios de economia de mercado.

O pedido tem como base a iniciativa da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, que notificou ontem a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e representantes de produtores de alimentos sobre a alta dos preços.

‘Subiu por causa do auxílio emergencial’

Bolsonaro também justificou o aumento dos preços em produtos da cesta básica em decorrência do auxílio emergencial, dado pelo governo como ajuda durante a pandemia do novo coronavírus.

“Por que subiu de preço? Com auxílio emergencial, a pessoa começou a consumir um pouco mais. Perto de 100 milhões de pessoas. Isso ajudou a desaparecer [produtos] das prateleiras”, alegou, sem comprovar com dados.

“O dólar está alto, facilita as exportações também”, disse.

O presidente também disse ter conversado com representantes dos supermercados. “Uma conversa muito saudável, falaram que eles não são os vilões. A margem de lucro será reduzido ao máximo possível.”

UOL

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