Por unanimidade, Wilson Witzel vira réu e é afastado por um ano do governo do RJ

 


Foto: CNN Brasil

Com 13 votos, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu receber a denúncia que torna réu o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Assim, o STJ decide manter o afastamento de Witzel do cargo por um ano. A decisão também rejeitou as preliminares colocada pela defesa do governador afastado e o proíbe de fazer uso dos espaços públicos, como o Palácio da Guanabara, usado para despachos, e o Palácio das Laranjeiras, como residência.

Os ministros Raúl Araújo, Paulo Sanseverino, Isabel Galloti, Marco Aurélio Bellize, Sérgio Kukina, Joel Ilan Paciornik, Nancy Andrighi, Maria Thereza, Og Fernandes, Luis Felipe Salomão e Mauro Campbell Marques acompanharam o voto do relator Benedito Gonçalves.

A sessão da Corte Especial, formada pelos 15 membros mais antigos do tribunal, decidiu sobre a aceitação da denúncia da Procuradoria Geral da República, formulada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo. Dois ministros se declararam impedidos. O primeiro afastamento de 180 dias foi determinado justamente pelo STF, em 28 de agosto, e venceria no fim deste mês de fevereiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, já tinha negado uma liminar do governador para adiar o julgamento da denúncia de corrupção no STJ.

O governador está afastado desde 28 de agosto de 2020, quando foi denunciado pelo Ministério Público Federal na operação Tris in Idem, que aponta corrupção na Saúde do estado. Witzel é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de capitais.

Também foram denunciados a primeira-dama Helena Witzel, o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais Lucas Tristão, o ex-presidente nacional do PSC, partido de Witzel, Pastor Everaldo Pereira, o ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Netto, o empresário Edson da Silva Torres, Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso, apontado como operador financeiro de Pastor Everaldo, Nilo Francisco da Silva Filho, apontado como preposto de fornecedoras do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, quando Edmar era diretor da unidade.

Também estão denunciados José Carlos de Melo, empresário que faria parte do núcleo econômico da organização criminosa apontada pela PGR, Cláudio Marcelo Santos Silva, identificado como intermediário de Edmar Santos, e Carlos Frederico Loretti da Silveira (Kiko), apontado como operador de José Carlos de Melo.

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