Bolsonaro diz que pedido de impeachment contra Moraes não foi revanche e que fez ‘tudo dentro das quatro linhas da Constituição’

 

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O presidente Jair Bolsonaro negou neste sábado (21) que tenha feito o pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes  para se vingar de medidas adotadas por ele contra grupos que defendem o governo federal.

“Fiz tudo dentro das quatro linhas da Constituição. Engraçado: quando entro numa ação no Senado, fundada no artigo 52 da Constituição, o mundo cai na minha cabeça. Quando uma pessoa, no inquérito do fim do mundo, me bota lá, ninguém fala nada. Não é revanche…”, afirmou Bolsonaro a jornalistas, no interior de São Paulo.

Bolsonaro está neste sábado em Eldorado, interior paulista, onde mora sua mãe, Olinda Bonturi, de 94 anos.

Na entrevista, o presidente voltou a dizer que o ministro tem extrapolado sua autoridade em algumas medidas.

Nos últimos dias, coube a Moraes determinar a prisão preventiva do aliado de Bolsonaro, Roberto Jefferson (PTB-RJ), e deflaglar a operação da PF (Polícia Federal) que fez buscas e apreensões em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).

O ministro, em julho determinou que a PF retomasse investigação sobre suposta interferência de Bolsonaro no comando da corporação. No início de agosto, acolheu notícia-crime encaminhada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente por sua conduta ao atacar as eleições do país.

“Cada um tem que saber o teu lugar para poder viver em paz e harmonia”, afirmou em referência à necessidade de os três Poderes da República se respeitarem para preservar a democracia no país.

“O limite é a nossa Constituição. E dizer mais: todos os incisos do artigo 5º da Constituição, eu cumpri todos. Não tem um só ato meu fora dessas quatro linhas”, destacou.

Na peça encaminhada ao Senado Federal sexta-feira (20), Bolsonaro argumenta que Alexandre de Moraes teria cometido crime de responsabilidade ao tomar “medidas e decisões excepcionais”, cometer “abusos” contra o presidente da República e coibir a liberdade de expressão.

CNN Brasil

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