Barroso admite que algumas penas do 8/1 ficaram elevadas e reconhece a força de Bolsonaro

 

O ministro do Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou, nesta terça-feira (7), que algumas penas dos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 “ficaram elevadas”, mas destacou a importância de um julgamento após uma tentativa de destituição do estado democrático.

“Eu concordo que algumas penas, sobretudo a dos executores que não eram mentores, ficaram elevadas, eu mesmo apliquei penas menores”, disse Barroso durante o 1º Seminário Judiciário e Sociedade, promovido pelo Ciesp nesta manhã.

“Desde o começo apliquei penas menores, me manifestei antes do julgamento do ex-presidente [Jair Bolsonaro], que considerava bastante razoável a redução das penas pra não deixar acumular Golpe de Estado e abolição violenta do Estado de Direito, e faria com que todas essas pessoas saíssem em dois anos, dois anos e pouco, acho que estava de bom tamanho”, continuou o ministro.

Barroso demonstrou estar aberto ao diálogo sobre a redução das penas, mas não à anistia, que é a prioridade da direita política. No Congresso Nacional, entretanto, a alternativa ao perdão a todos os envolvidos nos atos democráticos é a dosimetria das penas, o que não agrada aliados do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro.

Informações e foto: CNN Brasil

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