A Petrobras por meio de uma nota oficial publicada na tarde de
ontem, quinta- feira, dia 25 de julho, negou que tenha decido desligar
as sondas terrestres e outras operações nos estados da Bahia, Rio Grande
do Norte e Espírito Santo, e que tal projeto seja incluída no seu
Programa de Otimização de Custos Operacionais - Procop, o qual visa
economizar 32 bilhões de reais entre 2013 e 2016. O comunicado se deu
após uma reportagem publicada na edição de ontem, do jornal Folha de São
Paulo. A matéria assinada pela jornalista Denise Lula, revela que a
empresa precisa aumentar o fluxo de caixa, que até 2016 deve ficar
abaixo de sua necessidade de investimentos de 236,5 bilhões de dólares.
Hoje, a produção de petróleo em terra perfaz 10% de sua produção total,
de 208 mil barris diários. A redução das operações nas três unidades da
federação, segundo a publicação poderia significar cinco mil demissões
em massa. Dados divulgados esta semana pelo Sindiopetro/RN, mostram que a
estatal petrolífera demitiu entre janeiro do ano passado e julho deste
ano quase 4 mil funcionários. Em nota emitida à imprensa, a empresa
também nega que esteja programando demissões por conta de redução de
atividades nessas áreas. Informa, ainda, que os recursos programados em
seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 para essas áreas estão mantidos
conforme já divulgado. Segundo a Petrobras, a prova de interesse em
manter as plataformas produtoras em funcionamento, foi dada com o
lançamento, ontem na última terça- feira, de dois projetos estratégicos
para aumentar a produção de petróleo e garantir o escoamento do óleo
produzido nos campos do Rio Grande do Norte. O lançamento ocorreu em
Mossoró, ontem. Um dos projetos, que já gera 950 novos empregos, está
voltado para a ampliação do sistema de injeção de água no campo de Canto
do Amaro, com o objetivo de reverter o declínio natural, por ser um
campo maduro. O outro projeto anunciado, que já criou 400 novos postos
de trabalho e chegará a 900 novas oportunidades, no pico das atividades,
foi o início das obras de um oleoduto de 100 quilômetros de extensão
que interligará o campo de Canto do Amaro à Unidade de Tratamento e
processamento de Fluidos de Guamaré, com o objetivo de modernizar a
malha de escoamento nos campos terrestres do Estado. Porém, o Sindicato
dos Petroleiros do Rio Grande do Norte, alerta que esses investimentos
são ínfimos diante do desemprego dos últimos tempos, e que há informação
segura, na própria Petrobras, da intenção de permanecer reduzindo
investimentos no Rio Grande do Norte e na região de Mossoró, além do
ativo de produção de Alto do Rodrigues no Vale do Açu.
Comentários
Postar um comentário