O portal de notícia UOL deu
destaque nesta sexta-feira (19) na sua página inicial a uma matéria
sobre crianças que perdem digitais na quebra de castanha de Caju.
Confira abaixo a matéria na íntegra:
Olhe a ponta do seu dedo.
Repare no conjunto minúsculo de linhas que formam sua identidade. Essa
combinação é única, um padrão só seu, que não se repete. As crianças que
trabalham na quebra da castanha do caju em João Câmara, no interior do
Rio Grande do Norte, não têm digitais. A pele das mãos é fininha e a
ponta dos dedos, que costumam segurar as castanhas a serem quebradas, é
lisa, sem as ranhuras que ficam marcadas a tinta nos documentos de
identidade.
O óleo presente na casca da castanha de caju é
ácido. Mais conhecido como LCC (Líquido da Castanha de Caju), esse
líquido melado que gruda na pele e é difícil de tirar tem em sua
composição ácido anacárdico, que corrói a pele, provoca irritações e
queimaduras químicas. No vilarejo Amarelão, na zona rural de João
Câmara, as castanhas são torradas – além de corroer a pele, o óleo é
inflamável – e quebradas em um sistema de produção que envolve famílias
inteiras, incluindo as crianças.
Portal Uol
Comentários
Postar um comentário