Humilhada diante da Alemanha na semifinal, a Seleção Brasileira decepciona novamente e amarga o quarto lugar no Mundial
Brasil encerra participação no Mundial de forma melancólica (Foto: Vanderlei de Almeida / AFP)
Nunca
uma disputa de terceiro lugar valeu tanto para o Brasil. Humilhada
diante da Alemanha na semifinal, a seleção precisava de uma vitória em
seu último jogo na Copa do Mundo para ao menos se despedir com um pouco
de dignidade. Mas nem isso conseguiu. Novamente apresentou desatenção
defensiva, perdeu para a Holanda por 3 a 0, neste sábado, 12, em
Brasília, e terminou o Mundial na quarta colocação.
A
nova derrota contraria Felipão em sua tese de que o vexame diante dos
alemães foi apenas uma "pane inexplicável" e de que o "trabalho foi
bom". O Brasil se despediu sem apresentar uma atuação convincente em
nenhuma partida nesta Copa e com seu prestígio extremamente arranhado.
Neste adeus melancólico, até a arbitragem foi mal. Marcou pênalti
inexistente no primeiro gol holandês, não deu impedimento no segundo e
deixou de anotar penalidades para ambos os lados. Nada, porém, que
justificasse mais uma tarde ruim dos anfitriões. Agora, a definição é se
o treinador continua ou não no cargo. A comissão técnica deve se reunir
com o comando da CBF na próxima semana, quando o futuro de Scolari na
seleção será decidido.
Apoio de Neymar
Marcelo, Neymar e Fred, do Brasil, preocupados no banco de reserva (Foto: Alex Silva/Estadão)
Mesmo
machucado, Neymar fez questão de seguir os mesmos rituais que os demais
atletas da seleção brasileira. Colocou chuteira e uniforme, acompanhou
os companheiros no aquecimento e sentou-se entre os reservas durante a
partida contra a Holanda. Foi ovacionado pelos torcedores.
A
torcida parece ter escolhido os vilões pela eliminação vexatória da
seleção brasileira nas semifinais. Tanto o treinador Felipão quanto o
centroavante Fred foram muito hostilizados pelas arquibancadas nas vezes
em que apareceram no telão.
Record negativo
Júlio César sofreu 14 gols em sete jogos da Copa
Considerado
um dos vilões da Copa de 2010 e chamado de herói depois do jogo contra o
Chile neste Mundial, o goleiro Júlio César acaba sua participação no
torneio com um recorde negativo. Ele se tornou o goleiro mais vazado do
Brasil na competição neste sábado.
Até a partida
contra a Holanda, Júlio César estava empatado com Taffarel, com 15 gols
sofridos cada um. No entanto, com os gols que tomou neste sábado de Van
Persie, Blind e Wijnaldum ele se isolou neste posto com 18. Os gols
sofridos por Júlio César foram 14 nesta edição do Mundial e outros
quatro na Copa de 2010. Já Taffarel tinha essa marca dividida em três
Copas, sendo duas delas campanhas até a decisão. O goleiro foi vazado
duas vezes em 1990, três em 1994 e mais 10 em 1998.
Felipão entregará o cargo
Felipão vai colocar o cargo à disposição da CBF (Foto: Getty Images)
O
técnico Luiz Felipe Scolari falou após a derrota para a Holanda por 3 a
0, na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo, neste sábado, que irá
colocar o cargo à disposição da CBF. Segundo ele, está nas mãos do
presidente José Maria Marin a decisão sobre sua continuidade à frente da
seleção brasileira.
Revolta da torcida
A
seleção passou a Copa inteira casada com a torcida. Hino a capela,
comoção por Neymar, idolatria da David Luiz… Neste sábado, a torcida bem
que tentou manter o clima, esquecendo o 7 a 1 diante da Alemanha no
início da disputa do terceiro lugar. Só que a nova derrota, desta vez
para a Holanda, não impediu o time verde-amarelo de terminar a Copa sob
vaias.
Desespero e vaias marcaram a participação dos torcedores no jogo de hoje (Foto/Reprodução: Getty Images)
A
dúvida é saber como ficará, a partir de agora, a relação entre a
seleção e a torcida. Ao fim do jogo, com o placar por 3 a 0, nem as
vaias foram contundentes, expondo o desdém final do torcedor com o
Brasil que decepcionou em casa.
Quem será o campeão?
Neste domingo, 13, Alemanha e Argentina se enfrentam no Maracanã para decidir quem será o campeão.
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