Polícia
Militar da Paraíba já identificou 20 adolescentes envolvidos no jogo da
“Baleia Azul”, que induz à mutilação e ao suicídio em 50 etapas. O
comandante do Centro Integrado de Operações da Polícia Militar da
Paraíba (Ciop), coronel Arnaldo Sobrinho, emitiu um alerta aos pais
sobre os riscos enfrentados por adolescentes de 12 a 15 anos que
resolvem participar do jogo por meio de grupos de Whatsapp, no Facebook e
no Skype.
Coordenador do Escritório
Brasileiro da Associação Internacional de Prevenção ao Crime
Cibernético, o coronel disse que foram registrados casos de tentativas
de suicídio e mutilação de adolescentes em João Pessoa e nas cidades de
Campina Grande e Guarabira, no interior da Paraíba. Ele afirmou que está
fazendo uma triagem nos suicídios ocorridos nos últimos 60 dias na
Paraíba para chegar se há indícios de ligações com o jogo. O coronel
está elaborando um relatório detalhado para enviar às polícias Civil e
Federal que atuarão nas investigações.
Ontem
mesmo, segundo ele, a PM da Paraíba identificou pessoas nos Estados
Unidos que atuam como curadores de grupos dos quais participam
adolescentes brasileiros. “Os curadores são, na verdade, os
administradores dos grupos. São eles quem passam as orientações do tipo
excluir uma amizade do Facebook, assistir filmes de terror e assassinato
nas madrugadas, até mutilar partes do corpo e subir em um prédio para
pular em seguida”, disse Arnaldo Sobrinho.
No
momento em que a reportagem conversava com o coronel, ele atendia dois
pais que se apresentaram desesperados à PM em busca de apoio. Uma mãe,
que não quis se identificar, disse à reportagem que seu filho de 13 anos
começou a mudar de comportamento em outubro do ano passado. O garoto,
segundo ela, se isolou em seu quarto, não queria falar com os pais e
irmãos e deixou de ir à escola.
“Fiquei
preocupada. Achei que ele estava com depressão. Quando tomei
conhecimento, recentemente, do alerta da Polícia Militar em relação ao
jogo, vi que meu filho se enquadrava naquele quadro. Insisti e ele
acabou confessando tudo”, disse a mãe desesperada.
Segundo
ela, o menino confessou que tinha se envolvido com o jogo em outubro de
2016, cumpriu todas as etapas e passou a ser ameaçado pelos curadores
do grupo após ter desistido de pular do prédio por duas vezes. “Ele
disse que estava tentando sair do grupo e não conseguia porque era
constantemente ameaçado pelo Skype. Os ameaçadores diziam que ele não
tinha mais saída e ele se apavorou”, contou a mãe. EstadodaPB.com
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