O Conselho Regional de Medicina do Rio
Grande do Norte (Cremern) emitiu uma nota de esclarecimento à sociedade
em virtude da divulgação sobre a possibilidade de nesta segunda-feira,
10, acontecer uma paralisação por tempo indeterminado dos serviços tais
como, Samu Metropolitano, Terapia Intensiva (UTI Walfredo Gurgel) e
Assistência Materno infantil (Hospital Santa Catarina, de São José de
Mipibu e Macaíba), além do serviço de pediatria do Walfredo Gurgel. A
paralisação foi anunciada em nota na imprensa pela Coopmed-RN por falta
de condições de trabalho e inadimplência do pagamento dos profissionais.
Segue a nota do Cremern:
O Conselho Regional de Medicina do
Rio Grande do Norte – CREMERN vem, mais uma vez, esclarecer à sociedade
os fatos que estão ocorrendo na assistência à saúde pública do nosso
Estado. O corpo de Conselheiros, perplexo com a dimensão dos problemas
ocorridos como consequência do descaso daqueles que são os ordenadores
de despesa do Governo do Estado, vem a público informar à sociedade que
estamos na iminência de um verdadeiro colapso na assistência dos
principais hospitais da capital e do SAMU metropolitano. Isto ocorre
porque os serviços médicos terceirizados não recebem os repasses
financeiros. Médicos trabalharam sem receber suas produções durante
quatro meses. Consideramos um enorme desrespeito para com profissionais
que enfrentam o estresse da linha de frente, trabalhando
sobrecarregados, com deficiências crônicas por falta de materiais e
medicamentos essenciais para o seu trabalho, comprometendo inclusive a
própria saúde física e mental, em prol da profissão que escolheram e da
convicção de fazer o bem ao próximo. Apenas esta convicção justifica o
tempo trabalhado sem receber a merecida remuneração.
Como autarquia Federal criada pelo
Decreto Lei 3268/57, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do
Norte tem como funções fiscalizar e normatizar a prática médica, estando
a serviço da sociedade e dos médicos que atuam com ética e zelo pela
profissão. Alertamos a sociedade que os fatos que se seguirão, caso o
colapso anunciado venha a ocorrer, serão de exclusiva responsabilidade
daqueles que descumprem contratos e acordos, utilizando o discurso da
crise financeira que de forma seletiva não afeta outros setores do
Governo. Os ordenadores de despesa não demonstram ter consciência de que
a saúde não pode esperar e que decisões equivocadas trazem péssimos
resultados para a população mais carente.
Por fim, o Conselho Regional de
Medicina, na condição de órgão fiscalizador e detentor de informações
importantes, sempre se posicionou favorável a fazer parte de uma força
tarefa, com o objetivo de auxiliar na solução dos graves problemas da
Saúde Pública.
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