Trégua: Governo entra em acordo com caminhoneiros e greve é suspensa por 15 dias

Dias de paralisações dos caminhoneiros geraram prejuízos e transtorbnos 
no país (Foto: Reprodução)
Jornal do Brasil
Depois de uma reunião de sete horas, governo e associações que representam caminhoneiros chegaram a um acordo. A greve da categoria, que já durava quatro dias, será suspensa por 15 dias. Nove das 11 entidades presentes aceitaram a proposta do Executivo. A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) não assinaram o documento.
A notícia foi dada no fim da noite de quinta-feira, 24, em entrevista coletiva encabeçada pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo).
Ao fim do prazo de 15 dias, será realizada uma nova reunião entre os representantes do governo e do movimento dos caminheiros.
Quanto ao diesel, o ministro Carlos Marun afirmou que o combustível terá seu preço congelado por 30 dias — com a manutenção da redução de 10% de seu preço nas refinarias. Tal vai de encontro aos reajustes diários realizados pela Petrobras. Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em R$ 350 milhões, serão arcados pela estatal. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.
Marun afirmou que o reajuste no preço do diesel a cada 30 dias está garantido “pelo menos até o fim do ano”. “(A greve) estava causando transtornos à vida do cidadão brasileiro”, comentou.
Segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o governo terá “dotação orçamentária para fazer frente a essa despesa” e também a compensação a cada mês.
“O Brasil é um país rodoviário. Por isso, celebramos esse acordo”, completou Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil. Padilha também fez questão de destacar que a “família brasileira precisa dos caminhoneiros”. O ministro acrescentou que o presidente Michel Temer estava “preocupado” com o que estava “acontecendo nos lares dos brasileiros”.
Padilha ressaltou ainda que as reivindicações dos caminhoneiros autônomos também foram contempladas pelo acordo: “Vamos buscar com a Petrobras a situação dos trabalhadores autônomos, para que eles possam trabalhar como terceirizados”, disse.
Nova reunião
Eliseu Padilha disse que “a família brasileira” precisa dos caminhoneiros
 do Brasil
Depois dos 15 dias de suspensão da greve, haverá uma nova reunião entre as entidades e o governo para verificar como está o cumprimento dos 12 itens que constam no acordo. Também consta entre compromissos a realização de encontros periódicos a cada duas semanas. Padilha ressaltou que Temer autorizou o acordo.
Veja alguns pontos do acordo entre caminhoneiros e governo federal:
– Preço do diesel será reduzido em 10% e ficará fixo por 30 dias. O valor ficará fixo em R$ 2,10 nas refinarias pelo período
– Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em R$ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.
– A cada 30 dias, o preço do combustível será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.
– Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas
– Tabela de frete será reeditada a cada três meses
– Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas
– Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas
– Entidades e governo terão reuniões períodicas
– Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços
Com Agência Brasil e Estadão conteúdo

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