O desvio
de dinheiro da Assembleia Legislativa, segundo o relato de Rita das
Mercês na colaboração, teve início com o objetivo de arrecadar dinheiro
ao deputado estadual à época e atual governador Robinson Faria, em 2006,
sendo ele o “principal beneficiário da situação”
Robinson Faria foi presidente da ALRN por quatro biênios, entre 2003 e 2010.
A
ex-procuradora mencionou um episódio em que o deputado Ricardo Motta –
presidente da ALRN entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2015 - foi até a
sua sala e pediu que ela indicasse alguém de nível superior para ocupar
uma vaga no TJ-RN. "Eu falei que tinha uma neta e indiquei Mariana
Morgana para o cargo. Ele já foi dizendo que metade do salário seria
dele", disse Rita em colaboração. A neta de Rita foi nomeada em julho de
2011 para TJ-RN. Ela foi exonerada em março de 2017.
No
primeiro vídeo da colaboração, o procurador Rodrigo Telles afirma que o
esquema começou na gestão de Robinson Faria, continuou na de Ricardo
Motta. “Em 2015 assumiu o deputado Ezequiel Ferreira, como foi essa
transição? Ele sabia dessa situação? Ele também se beneficiava do
esquema? Ele procurou corrigir as coisas?”, questiona Telles. Rita
responde que todos os deputados sabiam e se beneficiavam do esquema. “O
esquema todos os deputados sabiam de como era a questão dos laranjas
porque isso é público e notório diante da Assembleia que o gabinete que é
minimo não cabe 60 ou 70 pessoas indicadas pelo deputado (...)”.
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