O
candidato Fernando Haddad (PT) foi vaiado por militantes petistas, em
Pernambuco, na manhã deste sábado (22), ao mencionar, durante discurso,
os nomes de Renata Campos e João Campos, viúva e filho do ex-governador
Eduardo Campos respectivamente.
Em outros trechos de sua fala, sobretudo quando citava o ex-presidente Lula, foi bastante aplaudido.
No
comício, parte do público também vaiou por várias vezes o governador de
Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Em coro, o pessebista foi chamado de
golpista. Toda vez que o locutor citava Paulo, vaias eram ouvidas.
O
governador apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em
2016. Em Pernambuco, a vereadora Marília Arraes (PT) acabou sendo
retirada da disputa após acordo nacional entre o PT e o PSB.
Ao lado
de Câmara, que fez campanha para o tucano Aécio Neves no segundo turno
da disputa eleitoral de 2014, Fernando Haddad destacou que o Brasil
começou a se desestabilizar quando o resultado da eleição não foi
aceito.
“Eles não
aceitaram até hoje a derrota de 2014. E desde lá, só fizeram bagunça
com o Brasil”, discursou. De olho no segundo turno das eleições, Haddad
afirmou que não era hora de revanchismo.
“Vamos
nos reconciliar com o Brasil. Muita gente percebeu o que vem
acontecendo. Uma parte grande da população foi levada ao erro em 2016 e
hoje as pessoas acordaram”, ressaltou.
O petista
disse que o Nordeste já sabe o resultado das eleições. “O Nordeste já é
festa. Já sabe que nós vamos para cima. Que nós vamos segurar o Brasil
integrado, sem raiva de ninguém e com muito amor.”
Em
entrevista após o ato, ele informou que não leu a carta escrita por
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em que o tucano pede união do povo
contra candidatos radicais.
“Não li a
carta. É um gesto de apoio a Geraldo. É natural. Ele tem uma ligação
muito grande com o Geraldo. Mesma ideia, mesmo estilo. É natural o
apoio.”
O
candidato também comentou a fala de Paulo Guedes, o guru do candidato
Jair Bolsonaro (PSL), sobre “o voto programático de bancada”.
“Olha, eu
penso que nós não podemos tentar resolver na base do autoritarismo e da
violência. Democracia deve ser celebrada a todo tempo. A ampla aliança
de primeiro e segundo turno vai formar a base de sustentação para os
projetos que eu e Lula definimos.”
No
discurso, Haddad lembrou uma história contada pelo governador da Bahia,
Rui Costa. “Lá na Bahia, uma mulher disse para o Rui Costa uma frase que
eu repito em todo comício. Ela falou assim: ‘Rui, nem golpe esses caras
sabem dar. Eles afastaram a Dilma, prenderam o Lula, mas esqueceram de
prender o povo'”.
No início
da tarde, o candidato seguiu para Caruaru, no agreste pernambucano.
Neste domingo (23), realiza ato de campanha em Petrolina, no sertão.
Folhapress
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