Os
candidatos à presidência da República participam, nesta quarta-feira
(26), de debate promovido pelo SBT em parceria com o UOL e a Folha de S.
Paulo. A discussão foi marcada por duras críticas ao Partido dos
Trabalhadores, que tem Haddad como candidato, e ao candidato do PSL Jair
Bolsonaro.
Álvaro
Dias, do Podemos, foi categórico ao subir o tom contra o PT. Em réplica
durante a discussão, o candidato afirmou que o partido é “implacável
com os pobres”.
"Na
olimpíada da mentira e da ficção o PT ganha medalha de ouro. A mentira e
a mistificação tem sido arma do PT para iludir o povo brasileiro. Em
2007, eu trabalhei duro para derrubar a CPMF. Em janeiro, o PT aumentou o
IOF. Para recuperar os 40 bilhões que perdera com o fim da CPMF. E
agora alega que vai reduzir impostos. O PT é implacável com o pobre. Ele
distribui a pobreza", ironizou.
Sem a
participação do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que segue internado no
hospital Albert Einstein, em São Paulo, após sofrer um ataque durante
ato de campanha, os presidenciáveis direcionaram críticas ao segundo
colocado Fernando Haddad (PT). Além disso, com o objetivo de atingir o
eleitorado ainda indeciso, os candidatos buscaram propostas para as
minorias.
Única
mulher presente no debate, a candidata Marina Silva, da Rede, defendeu
em suas considerações finais o protagonismo feminino.
"Você não
sabe a alegria que tenho de representar você, mulher, aqui. Temos aqui
sete homens e uma mulher pobre, humilde, disputando com eles. Espero,
contando com o seu voto, estar no segundo turno. Quero provar que uma
mulher de origem humilde pode governar, sim, o Brasil", disse.
A
equidade entre homens e mulheres também foi defendida pelo candidato
Guilherme Boulos do Psol. Segundo o presidenciável, é preciso apoiar a
luta das mulheres pelos seus direitos.
“As
mulheres são a maioria da população brasileira e têm historicamente os
seus direitos negados. Mesmo assim tem candidato como o Bolsonaro que
acha que as mulheres têm direitos demais. Ele defende que as mulheres
ganhem menos que os homens. E agora fez uma proposta com relação ao
imposto de renda que vai fazer com que famílias que ganhem até dois
salários mínimos, a maioria chefiada por mulheres, tenham que pagar
imposto de 400 reais", afirmou.
O
candidato do Patriota, Cabo Daciolo, defendeu a política de cotas
étnicas, socais, de gênero e raciais tanto no ensino, quanto no mercado
de trabalho. Segundo o presidenciável, a questão vai muito além do
âmbito político.
“Quando
eu penso e paro e vejo alguém falando que vai tirar o Fies ou vai tirar o
Prouni ou vai tirar o Bolsa Família, essa pessoa nunca passou por uma
necessidade. Porque essas pessoas tem que ser abraçadas. Há 130 anos
atrás já não foram abraçadas. Houve um erro do Brasil, não só dos
políticos agora eu falo, da nação brasileira de forma geral.”
Também
participaram do debate os candidatos Henrique Meirelles (MDB), Fernando
Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). O próximo debate
com os presidenciáveis será transmitido pela Record neste domingo, às
dez da noite.
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