Com o desempenho dos candidatos a presidente, que jogaram parados no debate promovido pela TV Globo na noite desta quinta-feira (4), a possibilidade de uma inversão de tendências nesta reta final de campanha passa a ser remota.
Segundo a última pesquisa Datafolha de intenção de voto para presidente, com exceção do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que cresceu fora da margem de erro, os demais candidatos estão estabilizados.
De
acordo com pesquisa divulgada nesta quinta, Bolsonaro tem 35% das
intenções de voto; Haddad, 22%; Ciro, 11%; Alckmin, 8%; e Marina, 4%.
No
debate na Globo, as estratégias foram explicitadas e os candidatos
preferiram ficar na retranca. O exemplo mais claro foi o de Fernando Haddad (PT),
que ensaiou um ataque ao candidato ausente, Jair Bolsonaro. Haddad
também perdeu muito tempo na tentaiva de criar um confronto com Geraldo Alckmin (PSDB)
e ainda teve que se defender de muitos ataques feitos ao PT, ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma
Rousseff.
Neste
cenário, o tucano Geraldo Alckmin demonstrou forte apatia e teve um
desempenho burocrático. Com isso, uma das poucas surpresas foi o
desempenho do senador Alvaro Dias (Podemos).
Diante da ausência de Bolsonaro e com Alckmin sem expressão, Alvaro
Dias pegou a bandeira do antipetismo e provocou momentos de saia justa
ao candidato Fernando Haddad.
Os
candidatos ensairam ataques a ausência do candidato Jair Bolsonaro. O
candidato do PSL foi convidado para o debate, mas informou que não
compareceria por recomendação médica.
Haddad tentou associá-lo ao governo de Michel Temer, mas quem fez a crítica mais contundente foi Henrique Meirelles (MDB)
que explicitou que ao não participar do debate, o candidato do PSL se
poupou de enfrentar riscos de um confronto ao vivo na reta final de
campanha.
De todos os candidatos, Ciro Gomes (PDT) foi o que demonstrou mais vigor mesmo com a situação adversa dos candidatos de centro. Marina Silva (Rede) intensificou seu discurso de pacificação do país.
Diante disso, com o debate morno, há poucas chances de se criar um fato novo na reta final do primeiro turno.
Por Robson Pires
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