Palocci disse ter participado, em 2010, de
reunião na biblioteca do Palácio do Alvorada, com Lula, Dilma e José
Sérgio Gabrielli. Na ocasião, Lula teria feito o pedido. “Luiz Inácio
Lula da Silva, na mesma reunião, afirmou que caberia ao colaborador
gerenciar os recursos ilícitos que seriam gerados e o seu devido emprego
na campanha de Dilma Rousseff para a Presidência da República; que isso
se dava, segundo Lula relatou e conforme narra o colaborador, para
garantir que o projeto seria efetivamente desenvolvido por Gabrielli;
que esta foi a primeira reunião realizada por Luiz Inácio Lula da Silva
em que explicitamente tratou da arrecadação de valores a partir de
grandes contratos da Petrobras”, aponta o relatório.
A colaboração mostra que Renato Duque, ex-diretor
da estatal, foi nomeado a pedido de empresários com relação com José
Dirceu (ex-ministro de Lula). Duque teria tido também uma “estranha”
entrevista com Silvio Pereira (ex-secretario-geral do PT) para alinhar
sua atuação em prol do partido.
Palocci relatou que o PP, forte apoiador do
governo, passou a atuar para derrubar diretores da estatal, já que a
sigla não tinha espaço em Ministérios e nas estatais. Diante disso, Lula
teria decidido resolver os problemas indicando Paulo Roberto Costa para
a Diretoria de Abastecimento. “Isso também visava garantir espaço para
ilicitudes, como atos de corrupção, pois atendia tanto a interesses
empresariais, quanto partidários”, aponta Palocci no documento. Além
disso, já seria sabido que existiam ilicitudes em áreas de menor escalão
da empresa. O governo, mesmo ciente dos esquemas, não teria se
preocupado com os casos de corrupção.
Sonhos mirabolantes
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