O preço médio do gás de cozinha vai
aumentar cerca de R$ 2 no Rio Grande do Norte, após a Petrobras
reajustar em 1,04% o valor do botijão de 13 quilos nas refinarias. A
estimativa é do Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás GLP
(Singás). O novo valor aos distribuidores passou a valer na terça-feira,
5, e já deve ser sentido pelos consumidores a partir desta quarta, 6.
“Em média, o valor do botijão está R$ 65
no estado. Nós estamos estimando um aumento ao consumidor entre R$ 1,50
a R$ 2”, explicou o presidente do sindicato, Fernando Santos. De acordo
com ele, os revendedores vêm reduzindo a margem de lucro desde o final
do ano passado para tentar evitar repassar os reajustes para o
consumidor.
Ainda de acordo com ele, o sindicato se
posicionou contrário ao aumento, porque, de acordo com ele, não houve
motivação externa, senão aumento de lucro da Petrobras.
“Não houve aumento de petróleo, não
houve aumento de salário, não houve aumento de imposto. O que houve foi
aumento da margem de lucro da Petrobras, que tem o monopólio nacional, e
dolarizou o valor. Quer dizer, ela diz que é o dólar, mas o dólar está
baixando. Defendemos a abertura desse mercado”, declarou.
Francisco Santos também considerou que o
reajuste ainda é mais injusto para os potiguares, que contam com
produção no próprio estado. “60% do gás consumido no Rio Grande do Norte
é de Guamaré, da refinaria Clara Camarão”, reforça.
Ele ainda explicou que a diferença nos
preços do gás no estado é reflexo principalmente do frete pago pelos
produtos. Enquanto parte dos botijões são comprados em Guamaré,
localizada a menos de 200 quilômetros de Natal, outra parte dos produtos
revendidos vem do Ceará e de Pernambuco.
Segundo a Petrobras, o aumento causará
deixará o valor repassado aos revendedores em R$ 25,33 por unidade, ante
R$ 25,07 anteriormente. Francisco Santos diz que o valor repassado fica
maior para o consumidor por causa dos impostos que incidem sobre o
produto e transporte. (Com informações G1 RN).
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