OMS recua de novo e suspende testes sobre uso da hidroxicloroquina

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu hoje (17), novamente, os testes clínicos com a cloroquina e com a hidroxicloroquina. O anúncio foi feito durante a coletiva diária de imprensa, onde também foi anunciado o sucesso preliminar no combate à manifestações mais graves da covid-19 com outra substância, a dexametasona.
“Há apenas cinco minutos atrás, fizemos uma ligação para todos os responsáveis pelos testes. Com base nas evidências obtidas, a decisão foi de parar os testes randomizados com a hidroxicloroquina. [A decisão] foi tomada com base nas informações fornecidas pelos testes feitos na Inglaterra e nos dados colhidos pelos testes do grupo Solidariedade”, informou Ana Maria Henao-Restrepo, chefe da Unidade Pesquisa e Desenvolvimento da OMS.
Essa é a segunda vez que a OMS suspende os testes com os compostos. Anteriormente, o estudo que relatou a ausência de benefícios e os possíveis riscos no uso da hidroxicloroquina: foi contestado por médicos, estatísticos e cientistas. Posteriormente, o estudo foi retirado da revista médico-científica The Lancet, que emitiu nota de desculpas por não poder apresentar as bases de dados usadas no estudo para revisão de pares.
Dexametasona
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, e Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências, apresentaram o que chamaram de “descoberta significativa” no combate ao novo coronavírus (covid-19). A dexametasona, um corticosteróide amplamente acessível, apresentou dados positivos no combate à manifestações severas da covid-19, principalmente para pacientes que necessitam de respiradores mecânicos.
“Pesquisadores concordaram em investigar drogas com potencial, incluindo esteróides. A OMS desenvolveu um protocolo-padrão, que foi adaptado e usado por pesquisadores ao redor do mundo. Recebemos as boas notícias sobre os testes no Reino Unido. A dexametasona, um esteróide comum, demonstrou efeitos positivos em pacientes com sintomas agudos da covid-19. A mortalidade para pacientes que estão entubados, e necessitam do uso de um ventilador mecânico, caiu em um terço”, afirmou Ghebreyesus.
Diário do Poder

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