Petrolífera aumenta em 30% produção de campos vendidos pela Petrobras no RN: “a gente vai gerar emprego e renda nessas regiões”

 

Foto: Cedida/3R Petroleum

Após um ano da venda de campos maduros da Petrobras, operados desde a década de 1980, a produção de petróleo no polo de Macau, na região salineira do Rio Grande do Norte, cresceu cerca de 30%. As informações são da petrolífera 3R Petroleum, que assumiu as operações na área no final de maio de 2020. A empresa estima investimentos de US$ 30 milhões entre 2021 e 2022 e um total de US$ 160 milhões até 2026, na região.

O contrato de venda do Polo Macau, assinado em 2019, foi fechado por US$ 191 milhões, segundo comunicado à imprensa, na época.

Embora a empresa tenha assinado contrato de compra de 29 campos da Petrobras no seu programa de desinvestimentos, os sete campos do polo Macau são os primeiros operados por ela no país.

Em maio do ano passado, último mês da operação da Petrobras no polo, a média de produção diária foi de 3.795 barris por dia. Em maio de 2021, o número saltou para 4.832 barris – um crescimento de 27%.

Considerando o resultado do primeiro mês de operação da petrolífera focada em “redesenvolvimento” de campos maduros, em junho, com maio deste ano, o crescimento foi de 34%.

Segundo o presidente da empresa, Ricardo Savini, o incremento na produção foi ocasionado apenas com a revitalização dos poços, porém a empresa tem o objetivo de realizar novas perfurações nos campos maduros.

Enquanto as grandes petrolíferas chegam a passar semanas até consertar um poço parado, por terem vários campos – ele explica – a expectativa da empresa é reduzir o período de inatividade para horas.

“Nosso desafio é retomar a produção de um poço que para em horas. No nosso ‘downtime’, o tempo que o poço fica fora de produção, a gente envia alguém para verificar o que está acontecendo e normalmente essa equipe já tem condições de retomar a operação do poço”, considera.

Ele também diz que os campos maduros ainda têm capacidade de produzir óleo e gás até pelo menos a década de 2050 e, por isso, a empresa vai solicitar a extensão da concessão das áreas ao poder público por 27 anos. Os atuais contratos de concessão vão até 2025.

“A gente está assumindo para investir, para aumentar produção. A gente vai perfurar mais, aumentar as instalações de superfície e, com isso, estou dizendo que a gente vai gerar emprego e renda nessas regiões, que são tradicionais e têm um nível de desemprego importante”, afirmou.

Entre os investimentos previstos, a empresa pretende construir uma planta de separação de óleo e água que vai agilizar o envio da produção à unidade de refino em Guamaré.

A 3R também detém participação de 35% no Polo Pescada, operado pela Petrobras.

Com G1-RN

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