CPI cancela acareação entre Onyx e Luis Miranda após entender que encontro serviria apenas para troca de acusações

 

FOTO: REUTERS E FLICKR/PALÁCIO DO PLANALTO

A CPI da Covid decidiu cancelar a acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), denunciante de irregularidades na compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde.

O encontro dos depoentes seria realizado na quarta-feira (18). A avaliação da Mesa Diretora, no entanto, foi que a acareação pouco contribuiria para esclarecer a questão e serviria apenas para troca de acusações.

Onyx, foi o ministro escalado em junho para responder as acusações de Miranda de que havia indícios de corrupção na aquisição da vacina e de que teria apresentado os problemas ao presidente Jair Bolsonaro. Ele ocupava à época a Secretaria-Geral da Presidência.

À época, Onyx apresentou uma fatura da venda da Covaxin diferente da mostrada pelo deputado para dizer que não haveria pedido de pagamento antecipado conforme Miranda apontava. Senadores apontam que a fatura apresentada por Onyx é falsa.

Miranda é irmão de Luis Ricardo Miranda, chefe da Divisão de Importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Eles apontaram pressão anormal para a liberação da importação

Em vez da acareação, a CPI vai ouvir na quarta-feira Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos. A empresa é a representante do laboratório indiano Bharat Biotech e assinou o contrato de R$ 1,6 bilhão com o Ministério da Saúde pela vacina Covaxin.

Silveira vai comparecer à CPI munido de um habeas corpus. Ele ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal) para não comparecer, alegando “sigilo profissional”. O argumento não foi aceito pelo presidente da Corte, o ministro Luiz Fux, que acatou apenas o pedido de Túlio para que possa ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo.

R7

Comentários