Cambridge sugere que a Cloroquina pode ser eficaz contra a variante Ômicron

 

Um estudo conduzido pelos institutos de Imunologia e de Medicina da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, levantou uma hipótese para o fato da Ômicron, mesmo sendo muito mais transmissível, não ter, provocado um número de mortes na mesma proporção de outras variantes do novo coronavírus.

A explicação, de acordo com a pesquisa, está no caminho que essa cepa escolhe para entrar nas células humanas. Com base no estudo ainda não avaliado por pares, a Ômicron entra nas células por uma espécie de “porta dos fundos”, fator que supostamente ameniza a agressividade da doença.

Com essa diferença, o estudo de Cambridge sugere que a cloroquina, não indicada e sem eficácia comprovada para o tratamento de Covid, poderia ser testada para investigar possível ação contra a Ômicron. Isso porque a porta alternativa de entrada do vírus não seria mais o mesmo caminho de chegada da cloroquina nas células.

O Globo deu a seguinte explicação para a questão:

“O achado dos pesquisadores ingleses, que ainda tem de ser avaliado por pares, além de poder explicar porque a Ômicron em geral causa doença menos agressiva, também remete a um conhecimento anterior. Estudo divulgado em janeiro de 2021 pelo Departamento de Imunologia e Microbiologia do Instituto The Scripps Research, na Flórida, Estados Unidos, mostrou que a porta alternativa de entrada é também o caminho de chegada da cloroquina nas células humanas. “Isso explica o fato de o remédio polêmico não ter sido eficaz no tratamento da Covid-19, já que as outras cepas chegavam por outro lugar”, explica Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.

Mas o trabalho também indica agora que a cloroquina poderia ser testada para investigar a ação contra a infecção provocada pela Ômicron, visto que atua no mesmo mecanismo celular da nova cepa. A cloroquina age tornando o ambiente celular menos ácido – o que amenizaria a penetração do vírus.”

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