Após entrevista de Raimundo Alves, Garibaldi descarta aliança com o PT nos termos apresentados pelo secretário de Fátima

 

Foto: Reprodução

O ex-senador Garibaldi Alves Filho reagiu à entrevista que o secretário-chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, concedeu nessa quarta-feira (16) ao Jornal das 6, na 96 FM. Para o ex-presidente do Senado, as declarações de Raimundo Alves, se consolidadas, inviabilizam uma aliança com ele e Walter Alves.

“O nome de Walter foi lembrado dentro do grupo situacionista para ser vice. Então, criou-se uma natural expectativa. Mas isso não se confirmou, sobretudo depois das declarações que Raimundo Alves lhe deu ontem”, afirmou Garibaldi. Na entrevista conduzida por Enio Sinedino, Gustavo Negreiros e eu, Raimundo revelou que Carlos Eduardo é o nome que ele e a governadora Fátima querem para o Senado, mas lembrou que isso ainda precisa ser validado pelos partidos que irão compor aliança com o PT.

À dada altura, questionei Raimundo Alves sobre o MDB de Walter e Garibaldi e como seria possível acomodá-los, já que ambos gozam da estima e prestígio do ex-presidente Lula, além de dispor de capital eleitoral considerável.Raimundo, então, enfatizou que numa aliança não se tem apenas os postos centrais (como governador, vice e senador), mas costuras onde sejam possíveis pactos de governabilidade, sugerindo espaços na administração para Walter e Garibaldi.

“Não”
Ao atender meu telefonema nesta quinta-feira, Garibaldi prontamente informou ter acompanhando a entrevista. Então lhe perguntei: “O senhor se reconhece nesse o tamanho desenhado por Raimundo Alves? Aliança para dispor de espaços no governo? Vocês topariam essa aliança?”. O não foi imediato.

“Não. Não estamos à procura de cargos, estamos à procura de uma afirmação na política do Rio Grande do Norte. De uma participação robusta, ou seja, na própria chapa”, respondeu o ex-presidente do Senado, que dissecou na sequência a estrutura de cargos que já dispõe.

“Quem nos interessa que tenha cargos já tem. Os integrantes do MDB que estão às frentes da municipalidade, em prefeituras e câmaras”, explicou o ex-presidente do Senado, sinalizando o tamanho do grupo sobre o qual exerce influência, já que o MDB tem mais de 40 prefeituras no RN.

O espaço
A resposta restritiva do ex-senador sobre espaços em alianças me fez voltar à carga e questionar especificamente se ele se referia às vagas de vice ou Senado. Outro ‘sim’ se fez ouvir do outro lado da linha.

A partir daí, então, Garibaldi praticamente desenhou para quem não entendeu. Isso porque ele reagiu a um argumento que apresentei: o d que não faz sentido ser vice na oposição, só faz sentido ser vice de Fátima porque estaríamos falando do próximo governador.

Novamente um sim do outro lado da linha, acompanhado da seguinte declaração: “A oposição não tem nem titular. Walter não pode ser vice na oposição”.

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