Bolsonaro nega orientação da CIA sobre eleições no Brasil: “Fake news”


Foto: EVARISTO SA / AFP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nessa quinta-feira (5/6), que o governo brasileira tenha recebido qualquer orientação da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, sobre as eleições do Brasil.

Segundo a agência de notícias Reuters, o diretor da CIA, William Burns, teria dito a integrantes do governo federal que Bolsonaro deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país. A orientação teria sido feita durante uma reunião em julho de 2021, de acordo com duas fontes ouvidas pela agência.

Em sua transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, o presidente classificou a notícia como “narrativa” e “fake news”.

“Seria extremamente deselegante dele, um chefe da CIA, vir aqui, ir a outro país, vir ao Brasil, para dar um recado. A gente vê que é uma mentira que, por coincidência, talvez queiram criar uma narrativa plantada fora do Brasil quando as Forças Armadas, que deixo bem claro, foram convidadas a participar do processo eleitoral”, afirmou Bolsonaro.

A reportagem não informou onde o alerta foi feito. Em julho do ano passado, Burns esteve no Brasil. Na época, ele se reuniu com Bolsonaro, com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e com então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto, mas não foi divulgado na agenda presidencial.

Notícia falsa

Acompanhando Bolsonaro na live, o general Heleno também negou qualquer interferência da CIA: “Lógico que nas conversas sobre a área de inteligência que nós tivemos, que foram produtivas e muito interessantes, essa conversa sobre eleições jamais aconteceu. Não sei de onde saiu essa narrativa, isso nunca aconteceu. Não houve nenhuma troca de ideia sobre eleições, nem nos Estados Unidos, nem aqui. Então essa foi uma notícia falsa”.

Metrópoles

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