Zema diz que negociação com PL para apoiar Bolsonaro no segundo turno está avançada


Bolsonaro e Zema em solenidade de diplomação das turmas do curso de formação de sargentos em 2019, em Varginha – (crédito: Marcos Corrêa/Presidência da República)

Reeleito em primeiro turno com 56,18% dos votos válidos, o governador Romeu Zema (Novo) disse nessa segunda-feira (3) que está em negociações avançadas com o PL para apoiar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição no segundo turno.

O governador quer garantias de apoio do PL ao seu segundo mandato na Assembleia Legislativa. O PL elegeu nove deputados estaduais em Minas Gerais, sendo a segunda maior bancada eleita para a Assembleia Legislativa do Estado.

O PL perde somente para o PT, que elegeu 12 deputados. Em seu primeiro mandato, Zema enfrentou dificuldades para aprovar propostas na Assembleia Legislativa e, nesta eleição, se dispôs a fazer coligações com o objetivo de ampliar a base no Parlamento.

“Talvez hoje, mais tarde, amanhã, nós já venhamos anunciar alguma questão, porque o PL fez na Assembleia Legislativa nove deputados. Nós queremos deixar claro: as nossas propostas são essas, o PL está de acordo, vai caminhar conosco? Eu vejo que tem tudo para dar certo e, em breve, estará sendo comunicado”, afirmou Zema.

Antes das eleições, o governador já havia dito que nunca apoiaria o PT. “Eu já adiantei que apoiar o PT é impossível. Minas Gerais teve problemas seríssimos, Uberlândia teve, Pouso Alegre teve, outras gestões que foram arrasadas por este partido. Neste momento, nós estamos conversando com o presidente, com o PL, e as conversas estão sendo muito boas”, afirmou Zema, em entrevista à “TV Globo Minas”.

No domingo (2), Bolsonaro afirmou, após a definição do segundo turno, que conversaria com Zema para buscar o seu apoio. “Já existe a possibilidade bastante avançada de conversar com o governador Zema. Creio que a gente vai fazer boas alianças para ganhar as eleições”, afirmou.

No primeiro turno, Bolsonaro teve 43,20% dos votos válidos, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 48,43%.

Valor Econômico

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