APÓS INVASÕES, BOLSA ABRE EM QUEDA, MAS PASSA A TER ESTABILIDADE

 

Foto: Diana Cheng/Money Times

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), começou a semana em queda depois de atos extremistas de direita que culminaram na destruição de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, como o Palácio do Planalto, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso Nacional.

O índice recuou até 0,76%, aos 108.134 pontos na mínima do dia. Às 10h45, a Bolsa operava perto a estabilidade (-0,05%), aos 108.909 pontos. No exterior, os principais índices da Europa e Ásia registravam alta no mesmo horário. Os mercados dos Estados Unidos ainda não estavam em negociação.

O dólar comercial atingiu R$ 5,30 na máxima do dia. Os agentes reagem ao aumento da tensão política em Brasília. Os atos que defendem pautas antidemocráticas resultaram na destruição dos principais prédios da Praça dos Três Poderes.

O mercado demonstra, desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma preocupação com os desafios fiscais e econômicos, com a expansão de gastos e sinalizações de maior intervencionismo estatal na economia.

Os investidores avaliam que agora também há um agravamento das incertezas políticas e institucionais. Passaram a incorporar no cenário de riscos um início de governo mais tenso do que era esperado para o mandato de Lula. Até agora, a sequência de eventos pós-eleições era, em certa medida, mais benigna do que o esperado pelos agentes econômicos, que temiam uma ruptura institucional com as eleições polarizadas.

Era esperada inclusive a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na entrega de faixa presidencial a Lula. Mas o aumento do extremismo nas ruas fez com que investidores operassem com maior cautela nesta 2ª feira (9.dez).

Poder360

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