Assim como Torres, mais pessoas deverão ser presas nas investigações sobre os atos em Brasília, diz Dino


Foto: Carl de Souza/AFP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse neste sábado, em entrevista ao canal GloboNews, que o governo Lula tem agido com rigor na investigação contra o ex-ministro da Justiça Anderson Torres pelo fato dele ter “antecedentes” que geram desconfiança sobre a postura assumida nos ataques do último domingo (8) às sedes dos três Poderes em Brasília.

Dino citou, como “antecedentes”, a forma como as polícias comandadas pelo Ministério da Justiça agiram nas rodovias na véspera das eleições impedindo eleitores de irem votar, no pedido para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) agisse contra os institutos de pesquisas, na tentativa de “instrumentalização” e na “inércia” das polícias no bloqueio das rodovias federais.

Na entrevista, o ministro relatou que chegou a tratar de questões de segurança pública de forma respeitosa e responsável com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do Rio de Janeiro, Claudio Castro. “Vejam que não são governos aliados com o nosso”, afirmou.

Da parte de Ibaneis, Dino disse que as investigações vão apontar se, “no mínimo, houve um erro político”. “Ele [o governador] está se defendendo e caberá ao Judiciário investigar”, ressaltou.

O ministro da Justiça e Segurança Pública afirmou que, assim como Torres, mais pessoas deverão ser presas, não mais em flagrante. Isso também se aplicará aos “financiadores”, que atuaram em outras camadas de incentivo financeiro e com valores mais expressivos; aos que incitaram os ataques; e aqueles que atuaram como “mandantes” dos atos.

Valor Econômico

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