Dinamarquesa Vestas vai ampliar atuação no País e avalia fábrica no RN


Foto: WERTHER SANTANA

Interessada no crescimento do mercado de eólicas em alto-mar (offshore) e hidrogênio verde, o grupo dinamarquês Vestas, fabricante de aerogeradores, estuda ampliar sua atuação no Brasil, seja por meio da ampliação de sua fábrica em Aquiraz, no Ceará, ou com uma nova unidade no Rio Grande do Norte. O investimento não foi divulgado.

A expansão da empresa visa o potencial para implantação de novas usinas em alto-mar, que segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alcançam 700 gigawatts (GW) de capacidade. Até dezembro de 2022, o órgão já havia cadastrado 70 projetos, com capacidade para produzir 176,5 GW. Além disso, há o interesse do País em se tornar um dos maiores produtores do hidrogênio verde, especialmente visando a exportação.

A companhia também mira o potencial da América Latina para energias renováveis. Entre os países da região que têm demonstrado maior potencial para o desenvolvimento de novas usinas, estão o Chile, Colômbia e Peru. A empresa estuda investimentos em outras localidades, especialmente na produção local das torres que sustentam as turbinas.

Segundo o presidente global da empresa Henrik Andersen, aumentar a presença no Brasil faz sentido porque é parte da estratégia da empresa fabricar os equipamentos perto de onde eles serão implantados. Hoje o País está entre os três principais mercados para a companhia, e na América Latina a Vestas é responsável por 56% dos aerogeradores implantados nas usinas eólicas. “Acho que as eólicas offshore são uma oportunidade em toda a América Latina e, em particular, no Brasil”, disse.

O executivo também destacou que a empresa enxerga uma demanda contínua de capacidade todos os anos na América Latina, e que é importante uma política que garanta a implantação de 2 GW a 3 GW todos os anos, para justificar novos investimentos. “Há uma perspectiva muito positiva também de crescimento para a região, então acho que isso requer mais energia e mais energia renovável”.

Estadão 

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