Indústrias perderam até 40% de faturamento durante ataques criminosos no RN, diz Fiern

 

Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi

Indústrias do Rio Grande do Norte chegaram a perder 40% de faturamento durante os dias mais críticos dos ataques criminosos realizados no Rio Grande do Norte entre 14 e 24 de março. Prédios públicos, comércios e veículos foram alvos de tiros e incêndios provocados por bandidos.

As perdas estimadas podem variar entre R$ 10,7 milhões e R$ 25 milhões por dia, segundo a entidade.

O estudo sobre o impacto da crise na segurança pública do estado para a indústria foi realizado pelo Observatório da Indústria Mais RN e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern).

A pesquisa ouviu representantes de 266 indústrias, representando mais de 30 segmentos nas quatro mesorregiões do estado.

O estudo contou com dois levantamentos — o primeiro realizado no dia 17 de março, durante o período mais crítico da crise, e o segundo realizado nessa terça-feira (28).

De acordo com os resultados divulgados, 48% das indústrias entrevistadas já voltaram às rotinas anteriores à crise na segurança e 52% acreditam no retorno completo à normalidade a partir da próxima semana.

No ápice da crise, o estudo constatou que entre os maiores problemas enfrentados estavam: a logística (distribuição e recebimento de fornecedores); o estresse verificado nos trabalhadores; e a falta de funcionários que não conseguiam chegar ao trabalho por falta de transporte público.

Todos esses problemas impactaram diretamente na produção, visto que 27% das indústrias entrevistadas precisaram interromper turnos de trabalho ou mesmo parar completamente a produção (21%) por, pelo menos, um dia.

Já a sondagem realizada nessa terça-feira apresenta um cenário diferente. Dos onze problemas listados pelas indústrias no dia 17 de março, apenas seis permanecem sendo observados. Continua o desafio logístico (21%) e de transporte público (23%), mas ambos em menor intensidade. A questão do transporte público gera, em consequência, redução de turnos (17%).

G1/RN

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