LULA DIZ QUE PREFERE POLÍTICO COMPETENTE A FUNCIONÁRIO TÉCNICO: ‘NÃO ENTENDE DE NADA’

 

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente reclama de estabilidade de técnicos e diz que políticos têm mais competência, pois sabem ‘de tudo um pouco’.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (14) que acha melhor trabalhar ao lado de políticos competentes do que com pessoas técnicas. Segundo o chefe do Executivo federal, os técnicos “muitas vezes não entendem de nada”.

“Eu prefiro um político competente do que um técnico. Porque o político entende um pouco de tudo e, muitas vezes, o técnico não entende de nada. O técnico tem que ter um chefe, e esse chefe chama-se o político que tem competência para saber orientar”, declarou Lula durante a 84ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos, em Brasília.

Além disso, o presidente induziu que técnicos não são tão competentes devido à estabilidade que existe no funcionalismo público. “Tem gente que diz que não gosta de político porque ele não presta, que diz que político é tudo ladrão. Mas o político a cada quatro anos vai para a rua colocar o nome dele em julgamento para ser xingado, para ser avacalhado. A pessoa quando faz um concurso com 18 anos se aposenta com 80 sem fazer nenhum concurso mais.”

Durante o discurso, Lula disse ter orgulho de ser político e pediu aos prefeitos presentes no encontro que tenham o mesmo sentimento que ele. “Eu não nego nunca que eu gosto de política. Não nego nunca que sou político e me considero político com ‘P’ maiúsculo”, disse.

“Eu gosto daquilo que faço e, quando eu faço, eu faço bem. Não tenham vergonha de dizer o que vocês são. Tenham orgulho de ser políticos e façam aquilo que vocês prometeram durante a campanha para o povo que tudo vai dar certo”, completou.

Além disso, o presidente prometeu aos prefeitos que vai buscar maneiras para que bancos públicos emprestem dinheiro a cidades e estados com condições de financiamento.

“Vou trabalhar para que os bancos públicos tratem de emprestar recursos para as cidades que tenham capacidade de endividamento e de financiamento. Não tem sentido o banco não emprestar dinheiro para um prefeito, para uma cidade para fazer uma obra. Se o estado tiver condições e a cidade tiver condições, o dinheiro não vai ficar no cofre do banco para render com juros, vai render com obra para render com qualidade de vida das pessoas.”

R7

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