CPMI rejeita convocação de Gonçalves Dias e Flávio Dino para dar explicações sobre o 8 de janeiro

 

Fotos: Wilson Dias/Agência Brasil e Ricardo Stuckert/PR

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de vandalismo na praça dos Três Poderes rejeitou, nesta terça-feira (13), o pedido de convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias.

O requerimento de convocação do ministro da Justiça, Flávio Dino, também foi recusado pela maioria dos parlamentares.

Dias era o chefe da segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro e pediu demissão do cargo depois do vazamento de imagens em que ele aparece circulando pela sede do Poder Executivo entre os invasores durante a manifestação.
Já Flávio Dino é acusado por parlamentares da oposição de omissão durante os atos antidemocráticos.

Outro nome que foi poupado de dar explicações na comissão neste primeiro momento foi o de Ricardo Cappelli. O requerimento que pedia a ele que comparecesse à comissão, na condição de convidado, foi retirado da pauta após a pressão da ala governista. Cappelli foi o responsável pela intervenção federal na segurança do DF e é atualmente o ministro interino do GSI.

No caso de Gonçalves Dias, havia ao menos dez requerimentos de convite ou convocação na pauta da CPMI, todos protocolados por parlamentares da oposição. No entanto, a convocação de Dias sofreu resistência por parte dos governistas, que votaram contra o comparecimento do general ao colegiado.

Para a relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), a investigação precisa seguir uma ordem cronológica. “No plano de trabalho, eu cito o Gonçalves Dias e outras personalidades que julgo serem importantes, mas vamos seguir uma lógica. Temos seis meses de trabalho, alguém que eventualmente não foi [convocado] agora certamente será na segunda rodada, com a certeza de que todos serão ouvidos”, afirmou.

À Polícia Federal, em 21 de abril, Gonçalves Dias afirmou que não teve conhecimento de que o coordenador de avaliações de risco do GSI, o coronel Alexandre Santos de Amorim, havia classificado os protestos do dia 8 como de risco “laranja”, o segundo maior, ou seja, de alto risco.

R7

Comentários