Planalto sonda ministros sobre licença para reforçar votação de Dino


Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Às vésperas das votações para confirmar o nome do ministro da Justiça Flávio Dino como novo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), auxiliares do presidente Lula deixaram de sobreaviso pelo menos quatro integrantes do primeiro escalão que também detêm mandato no Senado.

A ideia é que o Palácio do Planalto monitore simultaneamente os momentos que antecedem a sabatina, agendada para a manhã de quarta-feira, 13, e, ao menor risco, convoque os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Renan Filho (Transportes) e Camilo Santana (Educação) para voltarem ao Congresso a fim de garantir um número mais expressivo de apoios ao indicado para suceder a ministra aposentada Rosa Weber no STF.

A preço de hoje, os ministros que receberam os chamados para engrossar as fileiras pró-Dino não acham que de fato serão convocados porque, estimam governistas, o atual ministro da Justiça poderia chegar a confortáveis 62 votos. Em cenários mais contidos, as projeções dão conta de 52 a 53 votos, patamar semelhante ao conquistado por Cristiano Zanin, indicado pelo presidente em junho passado e endossado no Senado por 52 parlamentares.

O relator da indicação de Flávio Dino para o Supremo, Weverton Rocha (PDT-MA), divulgou parecer favorável à aprovação do candidato, a quem classificou como “figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político”, e estimou pelo menos 50 votos de endosso ao nome escolhido pelo presidente Lula. Para ser aprovado, Dino precisa de maioria simples na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e de 41 apoios no Plenário.

Veja

Comentários