Durante expedição, fotógrafo encontra sucuri gigante com ‘barriga cheia’ em rio cristalino

 

Foto:  Foto: Eli Martinez

O fotógrafo de vida selvagem, Eli Martinez, durante sua última expedição, no rio Formoso, em Bonito (MS). O profissional se surpreendeu ao encontrar uma sucuri gigante com a “barriga cheia”, às margens do rio. Os registros foram feitos em 2023, mas só foram compartilhados nas redes sociais na última semana.

“Foi incrível estar perto dessa cobra. Ela havia comido recentemente, então estava muito relaxada e se movimentava lentamente, economizando energia para a digestão. Ela não se incomodou com a nossa presença”, relatou Eli.

Ainda de acordo com o profissional, a sucuri verde tinha se alimentado de uma capivara e estava em processo de digestão há duas semanas.

“Estava descansando na beira do rio Formoso, digerindo sua grande refeição de uma capivara. Essa foi a segunda semana em que ela estava digerindo o animal. É tão impressionante o quão grande as suas barrigas podem esticar-se”, esclareceu.

A digestão da serpente chama atenção. A cobra pode demorar até 1 mês para digerir as presas e passam a maior parte do tempo debaixo d’água, para não ser atacada.

A doutora em Ecologia e especialista em répteis, Juliana de Souza Terra, explicou que as sucuris podem passar mais de um mês digerindo animais grandes, como porcos e capivaras. Mas elas só conseguem engolir as presas “gigantes” devido às adaptações em seus corpos.

“Elas conseguem deformar temporariamente o crânio, a mandíbula é flexível permitindo que elas abram bastante a boca. O ângulo de abertura em algumas espécies pode chegar a 180ºC, também tem o fato de terem a pele bastante elástica e as costelas móveis”, apontou a especialista.

O segundo registro impressionante de sua expedição, ocorreu em outro trecho da região do município, onde o fotógrafo encontrou uma sucuri em sua toca.

“Uma das minhas imagens favoritas. Tivemos que caminhar através de uma grama de 3-4 pés de altura e depois rastejar para este enorme sistema de túneis criado pelas sucuris. É assim que elas viajam em terra de uma parte do rio para outra. Uma vez lá dentro, avançamos lentamente para nos aproximarmos o suficiente da cobra para capturar esta imagem”, comentou o fotógrafo.

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