Vídeo em que padre Júlio Lancellotti se masturba para menor de idade é verdadeiro, confirma perícia 20/01/2024 às 11:48por Daltro Emerenciano(0) deixe seu comentário Foto: Reprodução/Perícia A Arquidiocese de São Paulo está prestes a receber quatro vídeos que mostram o padre Júlio Lancellotti se masturbando para um menor de idade. A veracidade das cenas, gravadas em 26 de fevereiro de 2019, foi atestada por uma nova perícia técnica audiovisual, realizada há poucos dias. Oeste teve acesso a este documento com exclusividade. Ao longo de 79 páginas, os peritos Reginaldo Tirotti e Jacqueline Tirotti analisaram o estado de conservação dos arquivos, observaram cada frame dos filmes, realizaram os exames prosopográficos (técnica que identifica as características faciais e do ambiente), inspecionaram os áudios e comprovaram sua integridade. Os vídeos em poder de Oeste foram gravados pelo adolescente, que tinha 16 anos na época das conversas com Lancellotti. A cena inicial mostra uma tela de celular, com trocas de mensagens no aplicativo WhatsApp. Depois, começa a videochamada e a câmera oscila entre as partes íntimas e o rosto do padre. Fotos: Reprodução/Perícia Em 2020, essas imagens circularam por algum tempo nas redes sociais. Na época, o perito Onias Tavares de Aguiar confirmou a autenticidade do vídeo. Contudo, o Ministério Público (MP) arquivou a investigação por “falta de materialidade” Perícias do gênero chegam a um veredito depois da verificação de distintos elementos: contorno facial, altura da calvície, inclinação do nariz, acessórios, mobílias. Tudo isso foi comparado com imagens do padre em outras situações. Por exemplo, em entrevistas a emissoras de televisão. Ao constatarem todas as convergências e verificarem a ausência de vestígios de adulteração dos arquivos, Reginaldo e Jacqueline concluíram que Júlio Lancellotti é o homem que aparece nas imagens. A denúncia será apresentada poucos dias depois de o cardeal dom Odilo Scherer encaminhar um ofício para o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), solicitando o envio das “denúncias de extrema gravidade” que o vereador Rubinho Nunes (União) recebeu contra Júlio Lancellotti. Depois de apresentados à arquidiocese, os vídeos devem ser exibidos a portas fechadas para a plateia formada por integrantes do colégio de líderes da Câmara Municipal. Como se reúnem sempre às terças-feiras, o próximo encontro será em 23 de janeiro. O material que ampara a denúncia foi resgatado por parlamentares empenhados em instaurar CPI das ONGs. Conforme o autor da proposta, Rubinho Nunes, o objetivo é investigar os grupos que atuam no centro da capital paulista, no qual se distribui a cracolândia. Em 2020, esse mesmo vídeo foi enviado à polícia por uma denunciante anônima. Uma reportagem da revista Piauí insinuou que o vídeo foi forjado pelo Movimento Brasil Livre (MBL). “O objetivo da fabricação do vídeo era incriminar o pároco no crime de pedofilia”, acusa o texto. O ex-deputado Arthur do Val foi quem enviou o material para a análise do perito Onias Tavares de Aguiar. Em 172 páginas, o documento confirma a veracidade do vídeo. No início de 2024, o vídeo de Júlio Lancellotti voltou a agitar os bastidores da política municipal. É o caso da revista Forum, que contratou o instrutor de computação forense Mário Gazziro, pesquisador na Universidade Federal do ABC (UFABC), para realizar uma perícia no material. O documento elaborado por ele tem apenas 12 páginas. Ao contrário dos peritos que atestam a veracidade do documento, o currículo de Gazziro é indigente. Ao pesquisar o nome de Gazziro no Jusbrasil, Oeste se deparou com apenas quatro processos. Nenhum deles é sobre perícia. Em seu currículo, não constam cursos de perícia nem registros profissionais para o exercício da profissão. Embora a ausência de registro não implique necessariamente em ilegalidade, a falta do cadastro ressalta que Gazziro não atua frequentemente como perito, apenas em situações particulares. É diferente dos casos de Reginaldo Tirotti, Jacqueline Tirotti e Onias Tavares de Aguiar. Oficialmente, a Arquidiocese de São Paulo afirma que ainda não recebeu nenhuma denúncia vinculada ao padre Júlio Lancellotti e, portanto, desconhece o conteúdo das investigações. Com informações: Por Edilson Salgueiro/ Revista Oeste ‘Morri junto com elas’, diz pai que perdeu a esposa e três filhas brutalmente assassinadas

 

Foto: Reprodução

Vítimas foram encontradas já sem vida e com ferimentos profundos, como cortes no pescoço; elas também foram estupradas pelo pedreiro

O motorista de caminhão Regivaldo Batista Cardoso, marido de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e pai de três meninas, falou pela primeira vez à imprensa sobre o assassinato brutal delas, em novembro, na cidade de Sorriso, no Mato Grosso.

— Assim que a perícia liberou eu entrei na casa, não vi os corpos, mas senti o cheiro, o desespero, marcas de sangue na porta , na janela. Eu morri junto com elas. Esse desgraçado acabou com minha vida também, qual motivo eu tenho pra seguir? Ele acabou com minha vida também — disse Batista ao programa SBT Comunidade.

O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos trabalhava em uma obra ao lado do imóvel onde viviam Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, e duas meninas de 10 e 12 anos. Em depoimento, Gilberto alegou que teria invadido a casa com a intenção de roubar, após usar entorpecentes, mas foi confrontado por Cleci.

Segundo a polícia, a mãe foi a primeira vítima. Ela foi esfaqueada no pescoço. Com a movimentação, a filha mais velha saiu do quarto e também foi atacada por ele. Depois, o mesmo aconteceu com a menina de 12 anos. As três foram estupradas por Gilberto. A filha mais nova, de 10 anos, foi asfixiada em seguida.

— Espero que a Justiça seja rápida e célere, que esse cara nunca mais saia da cadeia, que ele paga para o resto da vida dele — afirmou Batista.

Os corpos das vítimas foram encontrados já sem vida e com ferimentos profundos, como cortes no pescoço, segundo a Polícia Civil. Depois de cometer o crime, Gilberto dos Anjos retornou para o terreno ao lado, onde passava a noite. As roupas sujas de sangue foram recolhidas em um contêiner da obra, durante as investigações.

O Globo

Comentários