Foto: Reprodução
A cantora Claudia Leitte enfrenta acusações de intolerância religiosa, conforme uma representação apresentada ao Ministério Público da Bahia.
O motivo é uma alteração na letra da canção “Caranguejo” durante uma apresentação em Salvador no último sábado, na qual a artista excluiu uma referência a Iemanjá, figura central nas religiões de matriz africana.
“Eu canto meu rei Yeshu’a”
Em seu show, em vez de entoar a frase “saudando a rainha Iemanjá”, Leitte optou por dizer “eu canto meu rei Yeshu’a”, nome em hebraico de Jesus. A cantora se declara evangélica há 12 anos.
A representação, que considera a modificação na letra como “conduta difamatória, degradante e discriminatória”, foi protocolada pelo advogado Hédio Silva Jr., que atua como coordenador-executivo do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro), juntamente com Jaciara Ribeiro, sacerdotisa do terreiro Ilê Axé Abassa de Ogum.
Na última quinta-feira, 19 de dezembro, foi instaurado um inquérito civil para investigar a conduta da artista em relação à possível prática de intolerância religiosa.
A informação foi confirmada pela promotora Lívia Sant’Anna Vaz, da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.
De acordo com Lívia Sant’Anna Vaz, o objetivo do procedimento é apurar responsabilidades civis relacionadas a atos que possam ser caracterizados como racismo religioso e que envolvem a violação de bens culturais e direitos das comunidades afro-brasileiras.
O Antagonista
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