Morre Léo Batista, a voz marcante da televisão brasileira

 

Léo Batista lutava contra um tumor no pâncreas (Foto: Estevam Avellar/Globo). 

 A voz marcante. Quem acompanhou a TV brasileira nas últimas décadas sabe exatamente a quem se refere essa expressão. O dono da voz em questão, Léo Batista, morreu neste domingo, 19, aos 92 anos, na condição indiscutível de nome histórico da comunicação do país. O ícone do jornalismo esportivo lutava contra um tumor no pâncreas. Ele foi internado no último dia 6 de janeiro e resistiu por 13 dias.

Nascido em 1932, em Cordeirópolis (SP), Léo Batista participou de momentos inesquecíveis da sociedade brasileira ao longo de quase 80 anos de carreira. Foi o primeiro jornalista, por exemplo, a informar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, na Rádio Globo. Quarenta anos depois, na TV Globo, anunciou a morte de Ayrton Senna horas após o acidente em Ímola, na Itália.

Em mais de 50 anos de trajetória na TV Globo, o botafoguense Léo Batista se tornou sinônimo de esporte. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas, corridas de Fórmula 1, apresentou os principais programas do canal e fez parceria até com uma zebrinha, ao anunciar os resultados da loteria esportiva no “Fantástico”.

Não foram poucas as homenagens em vida ao jornalista. Querido pelo público, foi tema da série documental “Léo Batista, a Voz Marcante”, lançada em junho de 2024 e disponível no Globoplay. Torcedor do Botafogo, viu uma cabine de imprensa ser batizada com seu nome no Estádio Nilton Santos.

Léo Batista sempre fez questão de continuar em atividade. Só queria parar de trabalhar quando não tivesse mais condições. Assim, participou do Globo Esporte até pouco antes de morrer, no dia 26 de dezembro.

Com informações ge — Rio de Janeiro

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