A cidade de Natal amanheceu com uma rotina diferente nesta quarta-feira (4). A greve dos rodoviários, iniciada no inicio da manhã, afetou milhares de moradores que dependem do transporte público para suas atividades diárias. Além do transtorno, um ponto tem gerado ainda mais polêmica: o cumprimento da frota mínima determinada pela Justiça.
Os rodoviários reivindicam melhores condições de trabalho e reajustes salariais. Segundo o sindicato da categoria, as negociações com as empresas de ônibus se arrastavam há semanas sem avanços concretos, o que levou à paralisação.
Para tentar minimizar os efeitos da greve na população, a Justiça do Trabalho determinou que ao menos 70% da frota de ônibus continue circulando durante o movimento grevista. Essa medida busca garantir o direito de protesto dos trabalhadores, mas também preservar o direito de ir e vir dos cidadãos.
Apesar da determinação, a STTU (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana) afirmou que as empresas de ônibus foram notificadas por descumprirem a frota mínima exigida. O impasse se intensifica com acusações mútuas entre o sindicato dos rodoviários e as empresas, que divergem sobre a responsabilidade de garantir a operação dos veículos.
Enquanto o impasse continua, quem mais sofre é a população. Paradas cheias, atrasos e incertezas são a nova realidade de quem depende do transporte coletivo. Muitas pessoas estão recorrendo a alternativas como caronas, aplicativos de mobilidade e até longas caminhadas para conseguir chegar ao trabalho ou à escola.
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