Menina de 12 anos fica órfã após mãe, ex-cozinheira da polícia militar, ser morta por se recusar a envenenar policiais: “Tá difícil, porque todo canto que a gente olha a gente se lembra dela”

 

A ex-cozinheira da Polícia Militar, Antônia Ione Rodrigues da Silva, de 45 anos, assassinada a tiros e facadas na madrugada em 18 de outubro, em Saboeiro, no interior do Ceará, após se recusar a envenenar a comida de policiais, era amiga e pessoa de confiança dos agentes de segurança.

De acordo com as investigações, homens ligados a uma organização criminosa teriam procurado a ex-funcionária ainda quando ela trabalhava na cozinha da corporação e ordenado que ela colocasse veneno na comida dos policiais. Ione, no entanto, recusou.

A negativa revoltou os criminosos, que passaram a ameaçá-la de morte. Eles a mataram em 18 de outubro, quando quatro homens arrombaram a porta do quarto onde Ione dormia, na companhia da filha de 12 anos, e efetuaram os disparos. Há indícios de que uma faca também foi usada no crime. A adolescente não foi ferida. Outro filho da vítima, em outro cômodo, ouviu tudo.

A menina de 12 anos está a passar por um drama profundo e trauma psicológico após testemunhar o brutal assassinato de sua mãe.

A filha  que presenciou a cena, ficou profundamente abalada e, desde o ocorrido, não consegue retornar às suas atividades diárias, como ir à escola ou brincar, devido ao severo trauma emocional.

Em um relato emocionante, a menina descreveu a mãe como uma pessoa importante e carinhosa que sempre os aconselhou a seguir o caminho do bem. “Todo canto que a gente olha a gente se lembra dela. A casa, tudo que eu vejo eu lembro da minha mãe”, partilhou em um vídeo que circulou nas redes sociais.

Atualmente, a menina vive sob os cuidados de seus avós maternos e necessita de acompanhamento psicológico e psiquiátrico para lidar com a perda e o trauma. A família está a organizar esforços para custear o tratamento necessário.

Informações do G1 eJasabiaoficial

Comentários