
Ao prestar queixa contra Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, o ex-funcionário dele, Edson Claro Medeiros Júnior, detalhou a ameaça feita por Antunes durante uma reunião entre os dois.
“Se você não me entregar os aparelhos (eletrônicos) e abrir a boca, eu vou meter uma bala na sua cabeça”, teria dito Careca a Edson Claro.
Nesta quinta-feira (4/12), veio à tona o depoimento de Edson Claro à Polícia Federal. Ele afirma que o Careca do INSS pagava mesada de R$ 300 mil para Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do presidente Lula (PT). Além disso, Careca teria pago R$ 25 milhões a Fábio Luís – a CPMI não sabe em qual moeda.
O relato foi feito por Edson em setembro deste ano, ao prestar queixa contra Antônio Carlos Camilo Antunes. O depoimento foi colhido pela 23ª Delegacia de Polícia de São Paulo, no bairro de Perdizes.
À Polícia Civil, Edson Claro disse que era diretor-executivo da empresa World Cannabis e que o Careca do INSS era “um grande investidor da empresa”. Na verdade, a World Cannabis pertence ao próprio Antunes (com 90% das cotas) e ao filho dele, Romeu Carvalho Antunes, de 28 anos.
No depoimento à polícia, Edson afirmou que foi convocado pela advogada de Careca para uma reunião no dia 17 de junho deste ano.
“Antônio Carlos devia valores pessoais para o declarante e queria que ele lhe entregasse seus celulares, notebooks e um iPad, pois acreditava que nesses equipamentos havia dados sigilosos a seu respeito, que não queria que fossem divulgados, já que a Polícia Federal estava lhe investigando”, diz um trecho do inquérito.
“Antônio Carlos passou a ofender e ameaçar a vítima, razão pela qual o declarante se retirou da sala. O averiguado, então, foi até a vítima e disse: ‘Se você não me entregar os aparelhos e abrir a boca, eu vou meter uma bala na sua cabeça’.”
“A vítima respondeu que era colaborador da Polícia Federal e deixou o local. Até o presente momento, a vítima não recebeu de Antônio Carlos os valores que lhe são devidos”, registra o inquérito.
“Constata-se que entre as partes existem dívidas e desacordos comerciais, resultando em discordância quanto à posse e propriedade de veículos e outros bens”, aponta outro trecho.
Metreópoles/ Andreza Matais/via Andre Shalders/Foto: Reprodução
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