A Polícia Civil de Minas
Gerais (PCMG) desbaratou uma quadrilha acusada de fraudar o Enem e
vestibulares de Medicina. A “Operação Homeostase 2″, realizada com o
Ministério Público, prendeu 11 integrantes do grupo, entre eles
professores universitários, dois médicos e um policial civil, além de 22
candidatos durante durante o vestibular da Faculdade de Ciências
Medicas de Minas Gerais, neste domingo, em Belo Horizonte. Nesta
segunda-feira, a polícia apreendeu pontos eletrônicos, cadernos de
questões e gabaritos das edições do enem de 2012, 2013 e 2014, além de
comprovantes de depósitos bancários de R$ 90 mil na casa de um dos
suspeitos de chefiar a quadrilha, em Teófilo Otoni.
- Isso demonstra uma organização bem consistente, com idas a Dubai e à China para comprar pontos eletrônicos, que estavam embalados na casa do chefe da quadrilha em Minas, Áureo Ferreira Moura. Também apreendemos veículos de luxo e motos por determinação da Justiça – explicou o delegado Jeferson Botelho, Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária de Minas Gerais, responsável pela operação.
Duas equipes da PCMG realizaram diligências em Teófilo Otoni e no Guaraujá, onde mora o empresário Carlos Roberto Leite Lobo, preso no domingo e suspeito de ser outro chefe da quadrilha. De acordo com Botelho, a suspeita é de que eles tenham fraudado o Enem em São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo, além de Minas, especialmente com a venda de vagas em cursos de Medicina a um custo que variava de R$ 70 mil a R$ 200 mil. O trabalho de investigação já durava oito meses.
Entre os detidos há um policial civil de Minas, lotado em Governador Valadares, que estava em um dos carros da quadrilha e agora é considerado suspeito de integrar o grupo. Segundo o Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, a quadrilha atuava da seguinte forma: pessoas faziam parte das provas rapidamente, saíam com os resultados das questões e repassavam para os candidatos compradores das vagas por meio de transmissão eletrônica.
Ainda segundo o delegado, o último lote de equipamentos adquiridos pela quadrilha era composto por micropontos eletrônicos e moderno sistema de transmissão de dados, que teria sido adquirido na China a um custo de US$ 200 mil.
De acordo a assessoria de imprensa, a equipe da Polícia Civil que atua junto ao Núcleo de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público continuará trabalhando com os promotores de Justiça formalizando os autos de prisão em flagrante, para que o resultado final da operação seja apresentado à imprensa nos próximos dias.
A Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG) informou, por meio de nota, que foi informada da investigação policial em curso e vem colaborando com a polícia na identificação dos responsáveis, o que teria, inclusive, facilitado a infiltração de diversos policiais nos locais de prova e a detenção dos envolvidos na tentativa de fraude.
Segundo a FCM-MG, os participantes do esquema fraudulento serão excluídos do processo seletivo, de acordo com o previsto no edital. Ainda de acordo com a faculdade, não houve qualquer prejuízo no vestibular de 2015, não havendo, portanto, motivos para seu cancelamento.
Na Operação Hemostase I, a Polícia Civil já havia desbaratado uma quadrilha que também fraudava vestibulares de medicina. Como na época foram levantados indícios de fraude no Enem, o caso foi repassado para a Polícia Federal. Agora, na Hemostase II, conforme o delegado Jeferson Botelho, a suspeita é a de que o Enem foi fraudado em cinco estados.
O Globo
- Isso demonstra uma organização bem consistente, com idas a Dubai e à China para comprar pontos eletrônicos, que estavam embalados na casa do chefe da quadrilha em Minas, Áureo Ferreira Moura. Também apreendemos veículos de luxo e motos por determinação da Justiça – explicou o delegado Jeferson Botelho, Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária de Minas Gerais, responsável pela operação.
Duas equipes da PCMG realizaram diligências em Teófilo Otoni e no Guaraujá, onde mora o empresário Carlos Roberto Leite Lobo, preso no domingo e suspeito de ser outro chefe da quadrilha. De acordo com Botelho, a suspeita é de que eles tenham fraudado o Enem em São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo, além de Minas, especialmente com a venda de vagas em cursos de Medicina a um custo que variava de R$ 70 mil a R$ 200 mil. O trabalho de investigação já durava oito meses.
Entre os detidos há um policial civil de Minas, lotado em Governador Valadares, que estava em um dos carros da quadrilha e agora é considerado suspeito de integrar o grupo. Segundo o Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, a quadrilha atuava da seguinte forma: pessoas faziam parte das provas rapidamente, saíam com os resultados das questões e repassavam para os candidatos compradores das vagas por meio de transmissão eletrônica.
Ainda segundo o delegado, o último lote de equipamentos adquiridos pela quadrilha era composto por micropontos eletrônicos e moderno sistema de transmissão de dados, que teria sido adquirido na China a um custo de US$ 200 mil.
De acordo a assessoria de imprensa, a equipe da Polícia Civil que atua junto ao Núcleo de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público continuará trabalhando com os promotores de Justiça formalizando os autos de prisão em flagrante, para que o resultado final da operação seja apresentado à imprensa nos próximos dias.
A Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG) informou, por meio de nota, que foi informada da investigação policial em curso e vem colaborando com a polícia na identificação dos responsáveis, o que teria, inclusive, facilitado a infiltração de diversos policiais nos locais de prova e a detenção dos envolvidos na tentativa de fraude.
Segundo a FCM-MG, os participantes do esquema fraudulento serão excluídos do processo seletivo, de acordo com o previsto no edital. Ainda de acordo com a faculdade, não houve qualquer prejuízo no vestibular de 2015, não havendo, portanto, motivos para seu cancelamento.
Na Operação Hemostase I, a Polícia Civil já havia desbaratado uma quadrilha que também fraudava vestibulares de medicina. Como na época foram levantados indícios de fraude no Enem, o caso foi repassado para a Polícia Federal. Agora, na Hemostase II, conforme o delegado Jeferson Botelho, a suspeita é a de que o Enem foi fraudado em cinco estados.
O Globo
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